O Brasil perdeu um dos maiores nomes do jornalismo esportivo. Léo Batista, jornalista, apresentador e locutor, faleceu neste domingo (19), aos 92 anos, após lutar contra um câncer no pâncreas. A notícia de sua morte deixou uma grande comoção entre colegas de profissão e fãs, que acompanharam sua trajetória ao longo de mais de 70 anos dedicados ao jornalismo.

Velório aberto ao público

O corpo de Léo Batista será velado nesta segunda-feira (20), em uma cerimônia aberta ao público, na sede do Botafogo, localizada em General Severiano, Zona Sul do Rio de Janeiro. O velório começará às 14h e poderá ser visitado por amigos, colegas de trabalho e admiradores até às 16h30. A família, entretanto, optou por realizar a cerimônia de enterro de forma fechada, restrita a parentes e amigos mais próximos.

A trajetória de Léo Batista

Nascido em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, João Baptista Belinaso Neto, conhecido como Léo Batista, iniciou sua carreira no final dos anos 1940. Aos 16 anos, foi incentivado por um primo a participar de um concurso para locutor do serviço de alto-falante de sua cidade, onde foi aprovado e deu início à sua jornada como comunicador.

Na década de 1950, Léo Batista começou sua carreira no rádio e logo se transferiu para a televisão, onde alcançou notoriedade. Em 1965, ele ingressou na TV Globo, tornando-se um dos principais apresentadores e locutores esportivos da emissora. Léo foi uma figura constante na cobertura de eventos esportivos de grande importância, como Copas do Mundo, Olimpíadas e Copa Libertadores, e acompanhou uma infinidade de campeonatos nacionais e internacionais.

Sua principal marca foi sua voz inconfundível e seu estilo jornalístico sério, porém acessível, que o tornou um dos apresentadores mais queridos do público. Léo também esteve à frente de programas como o Globo Esporte, sendo um dos primeiros apresentadores do programa. Durante sua carreira, ele cobriu importantes fatos históricos, como a morte de Getúlio Vargas, e foi uma presença constante nos telejornais da Globo.

Léo Batista não apenas cobriu eventos esportivos, mas também se destacou pela forma como comunicava a importância desses acontecimentos, fazendo com que os telespectadores se sentissem parte da história. Em 2019, após mais de 50 anos de carreira na TV Globo, ele se aposentou, mas sempre foi lembrado como uma referência no jornalismo esportivo.

Seu legado vai além da televisão: Léo Batista era também conhecido por sua dedicação e profissionalismo, sendo uma referência para vários jornalistas da nova geração. Mesmo após sua aposentadoria, ele continuava sendo muito respeitado e admirado tanto por colegas quanto pelo público. Sua contribuição ao jornalismo esportivo brasileiro é imensurável, e sua voz será eternamente lembrada por todos que acompanharam sua carreira.

A última luta

Em 6 de janeiro de 2025, Léo Batista foi internado no Hospital Rios D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, após ser diagnosticado com um tumor no pâncreas. Ele passou as últimas semanas de sua vida em tratamento, mas infelizmente não resistiu à doença.

Nos últimos anos de sua carreira, Léo Batista foi constantemente homenageado por sua trajetória. Em 2023, ele recebeu uma série de reconhecimentos e prêmios, celebrando sua contribuição ao jornalismo esportivo e sua longa carreira na TV Globo. Sua morte representa uma grande perda para o jornalismo brasileiro, especialmente para a televisão e o esporte, áreas com as quais ele teve uma conexão profunda e duradoura.

Homenagens

A TV Globo e muitos de seus colegas jornalistas já prestaram condolências, destacando o impacto de Léo Batista na história da emissora e no jornalismo brasileiro. Ele será lembrado por sua ética, profissionalismo e, claro, por sua voz marcante, que ajudou a definir uma era do jornalismo esportivo.

Léo Batista deixa um legado imortal no jornalismo brasileiro, sendo um exemplo de dedicação, competência e amor pelo que fazia. A sua morte deixa uma lacuna enorme, mas sua contribuição à história do Brasil permanecerá viva, sendo lembrada com carinho por todos que tiveram o privilégio de acompanhar sua carreira.