No final da tarde deste domingo (22), a tragédia do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, resultou em duas mortes e pelo menos oito desaparecidos. O colapso aconteceu enquanto três caminhões e vários veículos de passeio cruzavam a estrutura. Testemunhas captaram imagens do exato momento em que a ponte cedeu, fazendo com que os veículos caíssem diretamente no rio Tocantins.

Entre os mortos, estão uma jovem de 25 anos e um homem de 42 anos. O homem foi resgatado e internado em estado estável, mas a mulher e a criança que estavam com ele, assim como outras seis vítimas, permanecem desaparecidas.

O Corpo de Bombeiros do Maranhão e as autoridades locais estão trabalhando para localizar os desaparecidos, mas as buscas foram suspensas temporariamente por volta das 21h devido ao risco químico. Um dos caminhões que caiu no rio transportava ácido sulfúrico, o que representa uma ameaça de contaminação e explosões, exigindo a presença de equipes especializadas e protocolos de segurança.

A ponte, com 533 metros de extensão, é crucial para o tráfego entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) indicou que a falha no vão central da ponte foi a causa do colapso. Investigadores descartaram qualquer hipótese de ataque terrorista ou sabotagem.

Com a interdição completa da ponte, motoristas estão sendo orientados a seguir rotas alternativas que envolvem estradas vicinais e rodovias federais. O DNIT divulgou os trajetos alternativos que incluem várias cidades de Tocantins e Maranhão.

O caso segue sendo investigado pelas autoridades estaduais e federais, e a população foi alertada a evitar se aproximar da área devido ao risco de contaminação e instabilidade da ponte restante. A situação continua sendo monitorada, enquanto familiares aguardam notícias sobre os desaparecidos e as investigações para entender as causas desse desastre que abalou a região.

Além da tragédia, um vereador local, Elias Júnior (Republicanos), estava gravando um vídeo para denunciar a degradação da ponte no momento em que a estrutura desabou. A condição precária da ponte era conhecida pela população há algum tempo, o que aumenta as preocupações sobre a manutenção de infraestruturas críticas na região.