POLICIAL
Drogados, lutadores de jiu-jítsu culpam mulheres por estupros em sequência em Mato Grosso do Sul
Lutadores confessaram a polícia de São Paulo terem usado cocaína e maconha
25/08/2023
07:20
MIDIAMAX
THATIANA MELO
Suspeitos foram presos em Boituva, no interior de São Paulo (Foto: Reprodução 24 Horas News MS)
Presos por uma série de estupros em Mato Grosso do Sul, os lutadores de jiu-jítsu, Erberth Santos de Mesquita e André Pessoa, confessaram a polícia de São Paulo terem feito o uso de drogas antes de estuprarem sete mulheres em Campo Grande e Três Lagoas, entre os dias 21 e 24 deste mês.
Os lutadores foram presos em um pedágio da rodovia Castello Branco, quando seguiam à capital paulista. Com eles, os policiais encontraram cerca de 24 celulares, bolsas e dinheiro. Eles foram preso por receptação, no local.
Para o delegado de polícia de Boituva, Carlos Antônio Antunes, os lutadores colocara a culpa nas mulheres pelos estupros. Eles chegara a dizer que a bebida que tomaram nos locais estava batizada. As vítima em relatos na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) relataram terem sido espancadas e ameaçadas de morte.
Segundo o delegado, “Eles estiveram em Mato Grosso do Sul participando de um evento de lutas e depois foram para casas noturnas. Depois que fizeram programas com algumas mulheres, eles sacavam uma faca e passavam a praticar roubo dentro dessa boate”, disse ao site Agora Notícias.
Os lutadores ainda alegaram ao delegado terem feito uso de drogas e culparam as mulheres pelos estupros. “Eles alegam que fizeram uso de drogas. O Erbeth diz que fez uso de maconha e o André, de cocaína. Eles ainda transferem a responsabilidade para as mulheres, falando que o uísque que eles tomaram estaria de certa forma ‘batizado’ (…) e que perderam o controle, não sabiam o que estavam fazendo”, complementa Antunes.
Os lutadores serão encaminhados para a delegacia de Três Lagoas. A delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Analu Lacerda, disse que já foi feito o pedido de prisão preventiva dos dois lutadores.
Após o campeonato, os dois lutadores foram até uma casa e contrataram os serviços das garotas, em Campo Grande, sendo que, quando chegaram à residência, os dois questionaram se havia mais meninas no local. Elas responderam que estavam só as duas.
Assim, um dos lutadores subiu para um dos quartos do andar de cima com uma das meninas e o outro ficou no térreo. Em seguida, um deles se tornou agressivo e agrediu uma das mulheres, mandando ela calar a boca. As duas foram amarradas pelas mãos.
As duas foram estupradas e, em seguida, os lutadores arrombaram um baú levando o dinheiro do dia, aproximadamente R$ 700. Levaram também o sistema de monitoramento externo da casa e os celulares das vítimas. Elas contaram que os autores estavam em um Fiat Uno.
Durante o estupro, um dos lutadores jogou no vaso sanitário o preservativo e outro preservativo foi apreendido pelos policiais.
Informações do Batalhão de Choque indicam que a polícia rastreou histórico de passagens do carro por pontos de monitoramento das quatro rodovias em Mato Grosso do Sul e confirmou trajetória que coincide com rastro de estupros a garotas de programa.
Em Três Lagoas, um dos autores havia contratado o programa de uma jovem, de 24 anos, por meio de um site. Ao chegar ao local, onde a jovem mora com as amigas, o homem foi acompanhado de outro rapaz.
Eles foram para o quarto e, durante o serviço, o homem sacou uma faca, que estava escondida nas roupas e ameaçou a jovem a terminar o ato. Ele, inclusive, pressionou a lâmina da faca na costela da vítima.
Ao sair do quarto, a jovem constatou que os autores haviam confinado as amigas em outro cômodo, mediante ameaça com uma arma de fogo e roubado o dinheiro delas, que totalizou R$ 1,2 mil, além dos documentos que estavam nas bolsas.
Eles ainda fugiram a pé, levando também 7 aparelhos celulares. O caso foi registrado como roubo e estupro. Na delegacia, a jovem apresentou o site onde o rapaz a contratou, o perfil dele e prints de conversas para a contratação dos serviços.
O Jornal Midiamax tentou contato com um dos atletas por telefone celular, mas as ligações não foram atendidas. O outro atleta não foi localizado pela reportagem. A reportagem também tentou contato com a defesa de ambos os lutadores, mas sem sucesso. As tentativas de contato foram devidamente registradas e o espaço segue aberto para manifestação dos suspeitos.
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