ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Deputado Hashioka discute atuação das agências reguladoras e critica reajuste de energia
05/04/2023
15:20
ASSECOM
©DIVULGAÇÃO
Para falar sobre a atuação das agências reguladorasl, o deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 5. O parlamentar questionou a responsabilidade das agências em fiscalizar e cobrar as concessionárias, isto, em defesa a população. Em especial, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Recentemente nós tivemos a audiência pública com a ANTT sobre a concessão da rodovia BR-163. Naquela oportunidade, tivemos uma grande decepção com o processo que foi apresentado, quando se dividiu a rodovia em dois trechos: a Rota do Pantanal e a Rota do Tuiuiú”, iniciou Hashioka, enfatizando a necessidade de continuar acompanhando o processo licitatório e a execução dos contratos.
“Estou pleiteando acesso aos contratos de concessão e os aditivos, para analisar como eles estão sendo conduzidos. Mesmo porque, na segunda audiência em Brasília, foi definido que permaneceriam os mesmos termos já acordados: os 379 quilômetros da Rota do Pantanal, com 90 km duplicados, mais 30 km na nova concessão porque 32 km ficariam para o anel viário em Campo Grande. Ficaríamos ainda com 84 km de faixa adicional, que não tem nada a ver com duplicação, e com 172 km de rodovia em pista simples. Destacando aqui que, só no mês de fevereiro deste ano, foram 102 acidentes na rodovia”.
O deputado lembrou que as agências reguladoras foram criadas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no ano de 1997. “A primeira delas foi a Anatel, que cuidava das telecomunicações. Com as parcerias público-privadas, como aconteceu com a Anatel, hoje há toda uma modernidade de celulares, linhas e telefones. Assim, podemos constatar que a participação das empresas privadas no processo do serviço público acontece de forma bem efetiva e positiva”, ressaltou afirmando cabe às agências reguladoras fiscalizar e regulamentar essas concessões.
Hashioka lembrou que ontem, 4, foi divulgado o índice de aumento da energia elétrica aqui em Mato Grosso do Sul. A Aneel publicou um aumento de 6,28% para consumidores de alta tensão e 10,48% para baixa tensão. “Eu fiz um apanhado dos últimos cinco anos. Fiz um comparativo dos índices de inflação com o aumento da tarifa no Estado de Mato Grosso do Sul. De 2018 até 2023, a inflação acumulada foi de 31,38%. Esta é a soma aritmética. Se fizermos a regra de juros compostos, essa inflação passa 35,58%. Da mesma forma, o aumento da tarifa de energia, quando se faz a soma aritmética, dá 67,34%. Mas ao considerarmos a regra de juros compostos, esse aumento vai para 88,77%. Ou seja, a energia elétrica em Mato Grosso do Sul teve um aumento acima da inflação nos últimos cinco anos de 53,19%”, explicou.
Ainda na tribuna, o parlamentar lembrou que a Aneel determinou um aumento da tarifa no ano passado de 17,93% e agora, de 10,48%. “Sei que existem vários componentes que determinam o aumento do preço. Mas quando se convive com uma inflação de 5,79%, como no ano de 2022, e uma expectativa para 2023 de 5,89%, e se tem um aumento de 10,48% na energia, ela certamente é um componente que está estimulando e alimentando a espiral inflacionária. Por isso, eu gostaria de convidar o presidente da Agems, para que pudesse vir a esta Casa de Leis e explicar quais fatores determinaram que nos últimos cinco anos a energia elétrica tivesse um aumento acima da inflação de 53,19%”, afirmou.
O parlamentar destacou que não é obrigação da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agems) fazer isso, e sim da Aneel, que é o órgão responsável por regularizar e determinar os preços da energia elétrica, mas que existe um termo de cooperação técnica entre as duas agências. “Se considerarmos que o ICMS elevou em 8% a tarifa para consumidores acima de 500 kw/h e mais os 10,48% aprovados, isso dá quase 20% de aumento real na tarifa de energia elétrica a partir de abril deste ano. São situações que devem ser discutidas aqui na Assembleia Legislativa, por isso estou solicitando o esclarecimento por parte da Agems”, finalizou Hashioka.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Águas Guariroba atinge 200 quilômetros de rede de esgoto implantados em 2024
Leia Mais
Campo Grande ganha novo Centro de Convenções com foco em inovação e educação
Leia Mais
"Como aproveitar a Black Friday 2024 sem comprometer o orçamento: Dicas essenciais para compras inteligentes"
Leia Mais
Deputado Pedrossian Neto apresenta projeto que proíbe o uso de celulares em escolas de MS
Municípios