 |
Edmir Abelha �DIVULGA��O |
Manifesta��es com m�sica e outras rever�ncias marcaram o vel�rio e o sepultamento de Edmir Abelha na tarde de ontem, sexta-feira, 16. Ele morreu na manh� do dia anterior, aos 64 anos. Estava internado havia duas semanas na UTI do Hospital de Caridade, em Corumb�, depois de sofrer o segundo AVC (Acidente Vascular Cerebral) em menos de dois meses.
Os cuidados sanit�rios de preven��o � Covid-19 foram tomados para que os familiares e um n�mero limitado de pessoas se despedissem do corpo, velado por apenas duas horas na Capela Anjos da Paz. O corpo de Abelha estava coberto com as bandeiras do PT, do Flamengo e do bloco carnavalesco Na��o Zumbi, do qual foi um dos fundadores.
No caminho at� o Cemit�rio Municipal Santa Cruz, um carro de som do Na��o Zumbi e do Movimento Negro levavam ao ar a narra��o sobre a trajet�ria de Abelha, um hino carnavalesco do bloco e a m�sica "Can��o da Am�rica", de Fernando Brant e M�lton Nascimento. O cortejo - transmitido ao vivo em rede social - percorreu cerca de 1,5 km e em seu trajeto alguns populares em suas casas ou no com�rcio aplaudiam.
FLOR DA MONTANHA
O jornalista Edson Moraes disse que seu irm�o, Abelha, � como a flor da montanha descrita na can��o "Bella Ciao" ("Adeus Querida/o"), que inspirou na It�lia a luta dos lavradores por direitos trabalhistas nas planta��es de arroz e tamb�m os partizans, volunt�rios civis que se organizaram para fazer a resist�ncia contra o fascismo.
Um dos versos de "Bella Ciao" � este: "Acordei de manh� E deparei-me com o invasor/ � resistente, leva-me embora/Adeus/� resistente, leva-me embora Porque sinto a morte a chegar/E se eu morrer como resistente...Tu deves sepultar-me montanha/Sob a sombra de uma linda flor/ E as pessoas que passarem ir�o dizer-me: Que flor t�o linda!/� esta a flor do homem da resist�ncia/Que morreu pela liberdade".
Edmir Abelha era servidor da Prefeitura, lotado na Funda��o de Cultura e Patrim�nio Hist�rico e designado para o Museu de Hist�ria do Pantanal. Foi um dos grandes mobilizadores das campanhas populares e democr�ticas no Estado, primeiro no movimento estudantil, depois na Juventude do MDB e em seguida no PT.
Esteve sempre vinculado �s organiza��es ligadas � defesa dos direitos humanos, principalmente nas causas pol�ticas (Diretas-J� e anistia), igualdade racial, liberdade religiosa, emancipismo feminino, afirma��o de g�nero, defesa do meio ambiente e demandas culturais e esportivas. Presidiu o Conselho Municipal dos Direitos do Negro e chefiou a Ger�ncia Municipal de Igualdade Racial e fundou os blocos carnavalescos Vizinhas Faladeira e Na��o Zumbi.
Por: �dson Moares
***