Campo Grande (MS), Domingo, 24 de Novembro de 2024

DESPEDIDA

Corpo de Delinha será velado na Câmara Municipal de Campo Grande

Cerimônia será aberta ao público das 11h às 16h nesta quinta-feira (16). A dama do rasqueado morreu de insuficiência respiratória, dormindo em casa.

16/06/2022

09:25

G1

JOSÉ CÂMARA

Delinha morreu aos 85 anos. — Foto: Delinha/Arquivo Pessoal

O corpo de Delinha, que morreu aos 85 anos nesta quinta-feira (16), será velado na Câmara Municipal Municipal de Campo Grande das 11h às 16h. A cerimônia será aberta ao público.

Em seguida, o corpo será translado para o Cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia. O sepultamento começará às 17h.

A informação da morte foi dada pelo filho da cantora. "Recebi a informação ainda cedo, estava trabalhando e me informaram sobre a morte da minha mãe", disse o filho da cantora, João Paulo Pompeu.

Morte

Delanira Pereira Gonçalves, mais conhecida como Delinha, morreu aos 85 anos em Campo Grande nesta quinta-feira (16).

Delinha era mais que símbolo da música sertaneja de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, era a "Dama do Rasqueado".

A cantora é um dos ícones da música sertaneja sul-mato-grosense, tinha mais de 60 anos de carreira e conquistou o sucesso nacional ao lado do marido, Délio José Pompeu, com quem formou a dupla Délio e Delinha por décadas.

Trajetória

Delinha chegou em Campo Grande quando ainda tinha 8 anos. Veio junto dos pais e se mudou para uma casa de madeira, no bairro Amambaí, mesmo local onde morreu nesta quinta-feira (16).

Entre os títulos, a cantora carregava vários: a de "dama do rasqueado"; "rainha do sertanejo"; e embaixadora da cultura de Mato Grosso do Sul.

Em mais de 60 anos de dedicação a música, Delinha gravou 19 álbuns e 2 DVDs. A discografia conta com 39 discos, entre LP's e CD's. Conforme os dados, esta é a maior discografia registrada no estado.

Boa parte da carreira, iniciada no fim da década de 50, foi construída em parceria com o ex-marido Délio.

O sucesso de Délio&Delinha compondo e cantando as belezas, amores e costumes do estado foi tanto que chegaram a ficar conhecidos como o “Casal de Onças de Mato Grosso” (na época Mato Grosso do Sul ainda não havia sido criado).

O casal e a dupla se separaram nos anos 70, mas na década seguinte voltaram a cantar juntos. Ela também se apresentou em parceria com Jairo. O ex-parceiro e ex-marido Délio faleceu em 2010.

Délio e Delinha também ficaram conhecidos pelo rasqueado "Prenda querida" e a guarânia "Meu cigarro", de 1960. No mesmo ano, gravaram entre outras composições, o rasqueado "Querendo você", em parceria com Biguá, radialista e compositor. O casal foi pioneiro gravando suas obras em São Paulo.


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