Campo Grande (MS), Sábado, 23 de Novembro de 2024

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Deputado Evander Vendramini apresenta projeto de lei que institui programa de valorização da vida nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul

06/06/2022

08:00

ASSECOM

ADRIANA VIANA

deputado estadual Evander Vendramini (Progressistas)

O deputado estadual Evander Vendramini (Progressistas) protocolou e deve apresentar amanhã, 7, durante a sessão legislativa da Alems, projeto de lei que estabelece diretrizes para o Programa Estadual de Valorização da Vida nas escolas públicas estaduais de Mato Grosso do Sul. A proposta pretende alertar todos os segmentos da comunidade escolar a respeito da realidade emocional das crianças e adolescentes, a fim de promover estratégias com ações de prevenção.

O Programa visa à defesa incondicional da vida, mediante o fortalecimento da autoestima e a solidificação de valores que sustentem o desenvolvimento psicossocial e contribuam para a promoção da resolução de conflitos cotidianos vivenciados pelas crianças e adolescentes das unidades da Rede Estadual de Ensino.

Dentre as diretrizes do Programa Estadual de Valorização da Vida proposto por Evander: estão fornecer indicadores e informações básicas à comunidade escolar a respeito de situações que caracterizem suicídio, automutilação e depressão; prestar orientações especializadas às equipes técnico-pedagógica e docente para o alcance dos objetivos propostos; e assegurar aos alunos um espaço para o diálogo, exposição de ideias, expressão das dores físicas e/ou emocionais, com os especialistas, em parceria com a escola.

Também faz parte das diretrizes sugeridas o desenvolvimento de ações para a solidificação de valores no desenvolvimento psicossocial, com solidariedade, para inspiração a que as pessoas sejam íntegras em relação aos próprios sentimentos e emoções; contribuir para a não ocorrência do autodano, definido por comportamento deliberado para destruir ou machucar o próprio corpo, com ou sem intenção suicida consciente, do qual resultam graves lesões; e proporcionar estratégias preventivas para solucionar conflitos, utilizando-se da interação com o meio para intermediar e superar as situações de risco.

O projeto pretende ainda fortalecer o vínculo afetivo-emocional entre professores e alunos, com momentos de reflexão que favoreçam a boa convivência, o crescimento das relações interpessoais, o respeito mútuo, o acolhimento das diferenças e o exercício da comunicação; promover a busca pela harmonia entre os pares, a liberdade e a realização pessoal com integridade e preservação das necessidades dos semelhantes; além de contribuir para a ampliação do olhar dos educadores com a intenção de perceber os diversos comportamentos que caracterizem suicídio, automutilação e depressão, bem como desenvolver princípios de resiliência, de paz, de não violência e de sustentabilidade social e do ambiente e promover o resgate da cidadania e o respeito aos direitos humanos.

De acordo com a proposta, o Programa incluirá atendimento escolar especializado, em caráter preventivo, assegurando orientação e encaminhamento individual aos alunos, aos pais e/ou aos responsáveis legais e à equipe técnico-pedagógica da unidade de ensino. Os pais ou responsáveis deverão ser comunicados sobre a situação emocional dos filhos, principalmente quando identificado o transtorno psíquico. E a comunidade escolar será responsável pelo encaminhamento do aluno identificado com transtorno psíquico para o atendimento especializado.

O parlamentar informa que estimativas indicam que um a cada cinco adolescentes já praticou a autolesão não suicida pelo menos uma vez na vida. E, com a internet, esse fenômeno está se agravando. “A escola é ambiente estratégico para a implantação de uma abordagem de prevenção, pois é o local onde as crianças e os adolescentes passam mais tempo. É preciso levar esse debate para as salas de aula, mas com professores capacitados para discutir o tema e detectar sinais de depressão nos alunos, além de orientar os pais. O meu projeto de lei será mais uma ferramenta para proteger nossos jovens da automutilação e do suicídio”, ressaltou Evander,

O projeto seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, para, após, retornar ao plenário.


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