Juliete Sarai é coordenadora do grupo “Tapeaviru”, no Paraguai, e confirmou para quinta-feira, dia 31 de março, a realização de uma aliança cultural em parceria com o Núcleo do Ecossistema Dakila do Paraguai.

Chamado ‘Tapeaviru’ o núcleo nasceu em Assunção durante uma visita do empresário e pesquisador Urandir Fernandes Oliveira em julho de 2021. Juliete explica que, na ocasião, o grupo recebeu o convite do presidente e, hoje, cumprindo a palavra empenhada em Assunção, ele traz dois povos que gostam muito do folclore.

“Um evento chamado ‘Terra Gloriosa’, porque é uma terra gloriosa, um dos estudos que são feitos pelo Ecossistema Dakila, trata sobre o início da Humanidade e dos reais habitantes do continente americano, com essa descendência dos Guaranis. O folclore é o que herdamos de cultura e artesanato, dos nossos antepassados, para que possamos viver e experimentar um pouco do que nós somos, em especial a população de Mato Grosso do Sul” pontua Juliete durante entrevista ao programa A Bronca do Eli. Na entrevista ela estava acompanhada do presidente do Grupo Dakila, Urandir Fernandes. Juntos eles falaram sobre as ações realizadas pelo Grupo Dakila e o intercâmbio cultural que acontece entre Brasil e Paraguai.

Urandir Fernandes disse que “fizemos várias parcerias e abrimos várias empresas, principalmente nos Emirados Árabes, de importação e exportação. No Brasil, somos 12 empresas americanas que monopolizam todas as questões de exportação. O pequeno e médio produtor não têm a menor chance de competir com os grandes exportadores. A Pantanal Trading, junto com a 067 Vinhos, do Alan, acabou desenvolvendo e abrindo essa frente e agora Mato Grosso do Sul está sendo agraciado com esse desenvolvimento e outras empresas estão conseguindo oportunidades para exportar as suas mercadorias” relata Urandir.

Ainda, conforme Urandir Fernandes, “Mato Grosso do Sul tem um privilégio, por toda a sua riqueza, beleza e os produtos exóticos. O Estado tem a chance de despontar com toda essa oportunidade, não só para o Brasil como para o mundo inteiro, abrindo um leque de oportunidades para a exportação” diz.

O presidente do Ecossistema Dakila diz que existe uma parceria “por meio da qual levamos os produtos para Dubai, principalmente o vinho brasileiro, que nunca tinha sido exportado para os Emirados Árabes e para outros países. Em contrapartida, trazemos produtos de Dubai para cá também, além de outras tecnologias que serão trazidas para a Cidade Zigurats” declara.

“Estamos fazendo um vinhedo e plantar uva no deserto é uma proeza: estamos plantando uva nos Emirados Árabes e mesmo sabendo que usar esse produto para produzir bebida alcoólica que é proibida no país. Mas a produção de uvas caiu na graça dos Reis e dos Sheiks e eles estão compraram a proposta e a parceria. Também montamos uma base de pesquisa em uma fazenda, não só na tecnologia, para astronomia, arqueologia, história, todas as pesquisas que realizamos no Brasil, lá será uma réplica de tudo, que será realizado em conjunto com a agência espacial de lá e com as empresas que buscam esse conhecimento” diz Urandir Fernandes.

Juliete Sarai volta à conversa e conta que ela está no Paraguai eu estou há 6 anos integrando o no grupo, mas o Ecossistema Dakila está presente há 12 anos no país, com dois núcleos de pesquisas. “Recentemente, o presidente Urandir já foi ao país e recebeu menções ilustres em duas cidades no Paraguai, onde tem muitas parcerias e apoios para todos os artesãos” conta e prossegue: “Queremos trazer isso tudo para Mato Grosso do Sul, teremos stands de todas as empresas Dakila e serão três grupos do Paraguai, que também viajam pela Europa para apresentar o folclore e a arte, virá o elenco folclórico da cidade de Luke, que vai representar uma revista musical”.

Em Campo Grande, através de parceria com a Sectur, e em Corguinho em parceria com a prefeita Marcela Lopes, também serão desenvolvidas as atividades. “Em Taboco, iremos realizar a Caravana Dakila, que constarão diversas atrações, além dos stands de exposição. Não é apenas nacional, também estarão presentes representações dos 15 núcleos Dakila do mundo” arremata Juliete.

Urandir Fernandes diz que nas várias vezes que foi ao Paraguai “fomos muito bem recebidos por todas as coordenações, então essa junção, com a ação da Sarai na área cultural, teremos essa interação e nos comprometemos a trazê-los para apresentar essa cultura ao Brasil. A parceria com a Sectur de Campo Grande facilitou a realização do evento e todos os artistas são muito bons. Esse intercâmbio cultural é muito bom, tanto para o Brasil, quanto para o Paraguai” diz.

Urandir lembra que a Cidade de Zigurats foi colocada no roteiro turístico e hoje é um dos lugares mais visitados do Estado. “Já ultrapassamos o número de visitantes de Bonito e além de propagar o turismo e o fato de estarmos em uma posição favorável em visitação, o lado da pesquisa e da interação, nos faz crescer muito mais e fomentar o comércio da região. Isso ajuda em todos os sentidos” pontua.

Com relação às diferenças entre os segmentos Dakila, Urandir Fernandes destaca a importância da 067 vinhos. “O Alan tem uma visão empresarial muito grande e apesar de não ter nada a ver com o meu segmento de trabalho, ele me mostrou a possibilidade de interagir as empresas do Grupo Dakila, com a exportação, importação. Temos um histórico com vinho no nosso grupo, onde tivemos uma certa apreciação por uma determinada safra e o Alan e a Gabriela conseguiram abrir essa oportunidade para nós” afirma.

Mais uma vez Juliete Sarai dá seu aval aos investimentos do Ecossistema Dakila. “A 067 Vinhos ainda não chegou no Paraguai, mas estamos esperando. Também somos grandes apreciadores de vinho. A empresa vai em direção ao que estamos fazendo que é levar empreendedorismo, oportunidades de trabalho e qualidade de vida para as pessoas” aponta.