Adolescente veio com promessa de estudo e de vida melhor, mas revelou � conselho que era tratada como empregada
Conselho Tutelar tomou conhecimento de caso e encaminhou a menina para abrigo em Tr�s Lagoas (Foto: Reprodu��o Google Maps)
Uma adolescente de 13 anos, moradora do Estado do Maranh�o, foi retirada de sua fam�lia, e trazida para a cidade de Tr�s Lagoas, com a promessa de estudar e conseguir melhorar de vida. Por�m ao chegar em Mato Grosso do Sul, a menina foi v�tima de trabalho infantil escravo e servia apenas de empregada e bab� de um beb�.
Segundo informa��es do Conselheiro Tutelar, Davis Martinell, de Tr�s Lagoas, vizinhos da fam�lia perceberam que a menina n�o estudava e orientaram o casal para que matriculassem a mesma. Ent�o, a respons�vel por trazer a adolescente foi at� uma institui��o de ensino, mas foi orientada a procurar o Conselho Tutelar, j� que n�o possu�a grau de parentesco.
Aos conselheiros, a mulher, que tamb�m veio do Maranh�o, relatou que havia trazido a menina, com a autoriza��o dos pais e do conselho da cidade em que morava. Desconfiados, os conselheiros pediram para conversar com a menina. A princ�pio, a adolescente disse que era bem tratada e que estava apenas passeando, mas ap�s alguns minutos de conversa acabou por confessar e inclusive que havia sido orientada sobre o que dizer.
�Quando a mulher chegou aqui, disse que tinha a autoriza��o, mas eu liguei na frente dela para o Conselho Tutelar do Maranh�o e eles garantiram que n�o haviam autorizado nada. Durante a conversa com a menina, orientamos ela que o conselho existe para ampar�-la e que est�vamos ali para ajuda, ent�o ela come�ou a chorar e confessou que era mantida como uma escrava na casa�, ressalta Davis.
De acordo com Davis Martinell, conselheiro tutelar, um of�cio sobre o caso foi enviado a Justi�a, que determinou que menina fosse retirada da casa e enviada a um abrigo imediatamente. A determina��o garante que a menina fique no abrigo at� que sejam realizados todos os tr�mites legais para que ela retorne a sua cidade de origem.
Segundo Martinelli, outro of�cio foi enviado ao Minist�rio P�blico e ao Minist�rio do Trabalho para que assim possa ser realizado um estudo social para saber sobre a real situa��o da menina. A fam�lia vai responder na Justi�a por trabalho escravo infantil.
Fonte: Diariodigital