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Os documentos apreendidos nas duas fases da opera��o v�o comprovar se houve fraude ou desvio
de dinheiro p�blico. (Foto: Divulga��o/Assessoria-Gaeco) |
O secret�rio de Administra��o e Finan�as de Camapu�, a 133 quil�metros de Campo Grande, vai entregar o cargo ao prefeito da cidade, Marcelo Duailibi (DEM). Em entrevista ao Campo Grande News, o advogado Maur�cio Duailibi, que tamb�m � tio do prefeito, defendeu-se e garantiu que os fatos que levaram o Minist�rio P�blico a investigar a prefeitura s�o anteriores � sua posse na secretaria.
Os dois est�o sendo investigados pelo Minist�rio P�blico por fraudes em contratos e em licita��es, notas frias e peculado, al�m da famosa hist�ria da "tempestade". Acontece que ao serem solicitados documentos pelo MPE, a prefeitura alegou que uma forte chuva molhou os papeis, que acabaram sendo extraviados. O boletim de ocorr�ncia s� foi registrado 60 dias depois e a Opera��o do Gaeco (Grupo de Atua��o Especial de Repress�o ao Crime Organizado) foi intitulada de Tempestade.
O secret�rio se defende das acusa��es, lembrando que as den�ncias s�o de 2013 para c�. "Assumi a pasta em novembro de 2014, mas o foco da investiga��o � o ano de 2013. Na �poca em que a chuva comprometeu os documentos, eu era secret�rio de assuntos jur�dicos, e n�o de Administra��o e Finan�as", defende o advogado.
Segundo Maur�cio, ele entregar� o cargo ao prefeito o quanto antes e pedir� ao presidente da C�mara de Vereadores da cidade para se manifestar � popula��o em defesa durante audi�ncia na Casa. "Al�m disso, assim que minha inoc�ncia for provada, o que vai acontecer, vou buscar na Justi�a ressarcimento por danos morais", afirmou.
"O Minist�rio P�blico me acusou sem provas e manchou minha reputa��o, meu nome. Vou atr�s de ser ressarcido por esses danos", completou Maur�cio.
Transpar�ncia - As investiga��es apuram supostas irregularidades na aquisi��o de materiais de constru��o e presta��o de servi�os. Estima-se que o valor em notas frias passe dos R$ 2 milh�es, por�m o Gaeco n�o confirma esse n�mero. No Portal de Transpar�ncia, site que possibilita a consulta e o acompanhamento de dados relativos �s opera��es cont�beis das contas p�blicas municipais, h� informa��es apenas de per�odo referente � 2013.
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"O Minist�rio P�blico me acusou sem provas e manchou minha reputa��o, meu nome. Vou atr�s
de ser ressarcido por esses danos", afirmou advogado.(Foto: Reprodu��o / Facebook) |
Conforme informa��es do Portal, o valor pago por ano em despesas da prefeitura passa dos R$ 18 milh�es, sendo que a receita corrente do �rg�o, ou seja, despesas destinadas a cobrir despesas or�ament�rias, s�o de mais de R$ 32 milh�es. Enquanto as receitas tribut�rias, aquelas provenientes dos impostos, somam mais de R$ 3 milh�es a arrecada��o.
Investiga��o - Os documentos apreendidos pelo Gaeco nas duas fases da opera��o v�o comprovar se houve fraude ou desvio de dinheiro p�blico. Os policiais ainda v�o colher depoimentos de testemunhas e investigados, dentre servidores p�blicos e fornecedores municipais.
J� o prefeito Marcelo Duailibi disse que s� ir� se pronunciar sobre os supostos crimes de fraude, peculato e corrup��o, pelo qual a prefeitura est� sendo investigada, quando for aberto um processo. Marcelo garante que n�o sabia das acusa��es que indicam emiss�o de notas frias pela prefeitura, muito menos do envolvimento do secret�rio de Administra��o e Finan�as. "Na prefeitura � tudo licitado", pontuou.
Tempestade - O nome da opera��o foi escolhido ap�s a prefeitura receber a solicita��o dos documentos e ter registrado boletim de ocorr�ncia alegando que uma forte chuva danificou a estrutura da calha da sala de digitaliza��o, onde ficavam guardadas as pastas.
O prefeito garante que os documentos deteriorados durante chuva que caiu na cidade n�o � fato isolado. "N�o foram s� aqueles pap�is, mas v�rios outros que se perderam", comentou. Segundo ele, inunda��es j� atingiram a sala onde s�o guardados dos documentos da prefeitura mais de uma vez.
Fonte: campograndenews
Por: Mariana Rodrigues e Liana Feitosa
Link Original: http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/acusado-de-corrupcao-e-por-fabricar-chuva-secretario-quer-limpar-nome
