CAPITAL / CRISE NA SAÚDE
Defensoria dá 24h para Campo Grande apresentar plano de contingência após denúncias de desabastecimento
DPE-MS alerta para risco de colapso na rede pública, com falta de medicamentos, insumos e exames em unidades básicas e de urgência
12/12/2025
07:45
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Defensoria Pública aponta desabastecimento generalizado e cobra medidas imediatas da Prefeitura de Campo Grande.
A Defensoria Pública Estadual (DPE-MS) deu prazo de 24 horas para que a Prefeitura de Campo Grande apresente dados atualizados e o plano de contingência da saúde municipal. O ofício foi enviado nesta quinta-feira (11), após denúncias revelarem falta de remédios, insumos e exames em unidades da rede pública.
Segundo o Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), a capital enfrenta risco iminente de colapso. As informações levantadas pelo órgão apontam desabastecimento generalizado tanto na atenção primária quanto nos serviços de urgência e emergência.
O NAS destaca que a procura por medicamentos básicos muitos deles de uso comum e que não são de alto custo aumentou de forma expressiva, evidenciando que a rede pública não consegue atender demandas essenciais da população. Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRSs) estariam sem itens fundamentais para assistência.
Entre as denúncias recebidas, a Defensoria destaca a ausência de adrenalina, medicamento indispensável em situações graves. Para a coordenadora do núcleo, o cenário é alarmante.
“A falta desse insumo é extremamente preocupante, especialmente em um período reconhecido pelo aumento de casos de infartos e outras intercorrências cardíacas. Toda a população está vulnerável: desde usuários do SUS até autoridades e integrantes do poder público. Isso indica possíveis mortes evitáveis”, alerta.
A Defensoria aguarda a manifestação da Prefeitura e reforça que, diante do quadro apresentado, medidas emergenciais precisam ser adotadas para evitar agravamento da crise na saúde pública da capital.
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