SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO
Ilumina Pantanal recebe prêmio nacional e se consolida como modelo de energia limpa no Brasil
24/09/2025
09:00
REDAÇÃO
O projeto Ilumina Pantanal, que levou energia elétrica 100% limpa e sustentável a quase 3 mil famílias em uma das regiões mais remotas do Brasil, foi premiado em Brasília durante o I Congresso Brasileiro de Minas e Energia, realizado nos dias 22 e 23 de setembro. A iniciativa, conduzida pela Energisa Mato Grosso do Sul, recebeu o Prêmio de Energias Renováveis concedido pelo Centro de Estudos de Energia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O reconhecimento destaca não apenas a inovação tecnológica do projeto, mas também seu impacto social transformador. Em operação desde 2020, o Ilumina Pantanal beneficiou 2.975 famílias ribeirinhas e indígenas, em áreas de difícil acesso, por meio da instalação de sistemas solares com baterias de lítio, capazes de garantir autonomia de até 48 horas sem sol.
Mudança visível na vida das comunidades
Para o diretor-presidente da Energisa MS, Paulo Roberto dos Santos, o maior prêmio é ver a mudança na realidade das famílias atendidas. “Visitamos recentemente a região da Barra do São Lourenço e vimos adolescentes estudando em laboratórios de informática, com ventiladores e conforto. Tudo isso foi possível porque agora há energia elétrica. É emocionante ver esse resultado”, declarou.
Além do fornecimento de energia, o projeto contemplou a doação de 650 geladeiras eficientes, atendeu seis escolas e beneficiou mais de 300 crianças. Estima-se que o Ilumina Pantanal evite, anualmente, a emissão de 180 toneladas de CO₂, reforçando seu caráter ambientalmente responsável.
Papel estratégico do Concen-MS
Desde a fase de concepção, o projeto contou com a atuação ativa do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen-MS). A presidente do Conselho, Rosimeire Costa, lembrou que o Concen trabalhou desde 2018 em articulações com o Ministério de Minas e Energia e a Aneel, para garantir viabilidade econômica e justiça tarifária ao projeto.
“Foi um investimento robusto, com recursos de P&D, pagos pelos próprios consumidores. Por isso, era essencial buscar equilíbrio. A modelagem com baterias de lítio foi inédita, exigiu quase sete anos de testes, mas hoje colhemos os frutos: um projeto premiado, sustentável e replicável”, explicou.
Referência nacional
O modelo adotado no Pantanal já inspira outras regiões do Brasil. Estados como Acre e Amazonas passaram a adotar soluções semelhantes, utilizando energia solar com armazenamento em lítio para comunidades isoladas.
“Ver esse projeto, que nasceu no coração do Pantanal, sendo replicado em outros estados, é motivo de orgulho. Ele mostra que é possível fazer política pública com inovação, inclusão social e responsabilidade ambiental”, finalizou Rosimeire Costa.
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