AVANÇO NA SAÚDE
Brasil inicia uso de medicamento promissor contra Alzheimer na rede privada
Donanemabe já é aplicado no país e promete frear progressão da doença em fases iniciais
18/09/2025
08:25
REDAÇÃO
MARIA GORETI
RESULTADO - O novo remédio injetável para quadros iniciais: redução de 35% na evolução da enfermidade (./Divulgação)
Já começou no Brasil a aplicação do Donanemabe nome comercial Kisunla um dos tratamentos mais promissores já desenvolvidos para o Mal de Alzheimer. O medicamento foi aprovado pela Anvisa em abril de 2025 e já está disponível na rede privada, colocando o país entre os primeiros do mundo a utilizar a terapia.
O Donanemabe é indicado para pacientes nos estágios iniciais da doença, quando há perda de memória leve, mas sem grandes prejuízos à autonomia e ao funcionamento geral do paciente. A medicação atua diretamente na eliminação das placas de beta-amiloide, proteínas que se acumulam no cérebro e estão diretamente associadas ao declínio cognitivo.
A aplicação é realizada por infusão intravenosa mensal, com o seguinte protocolo:
Primeiros 3 meses: 700 mg por mês
A partir do 4º mês: 1.400 mg por mês
Duração total: até 18 meses, conforme recomendação médica
Estudos clínicos demonstraram que os benefícios do Donanemabe podem continuar mesmo após o término do tratamento, o que representa uma nova perspectiva no cuidado de pacientes com Alzheimer.
Apesar do avanço, o acesso ainda é restrito. O tratamento só está disponível no setor privado, com custo estimado de R$ 5 mil por dose. Isso pode representar um investimento superior a R$ 90 mil por paciente, considerando o protocolo completo.
O valor elevado e a ausência do medicamento na rede pública levantam discussões sobre a necessidade de incorporação do Donanemabe no SUS, especialmente diante do crescimento da população idosa e do número de diagnósticos precoces da doença.
“O Brasil dá um passo importante no combate ao Alzheimer, mas o alto custo do tratamento ainda impede que milhares de famílias tenham acesso ao que pode mudar o curso da doença”, avaliam especialistas em políticas públicas de saúde.
Com a liberação rápida pela Anvisa e a adoção precoce do Donanemabe, o Brasil entra na vanguarda global do combate ao Alzheimer, ao lado de países como Estados Unidos e Japão, que também já aprovaram o uso do medicamento.
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