A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) concedeu entrevista ao jornal O Vigilante, em Dourados, e falou sobre os desafios de seu mandato, que tem como marcas principais a empatia, o compromisso com as mulheres, a saúde pública e a inclusão das famílias atípicas.

Mãe de João Victor, diagnosticado com autismo, Lia falou sobre como a maternidade atípica molda sua atuação parlamentar.

“Só quem vive sabe as dores. A sociedade ainda não vive, de fato, a inclusão. Eu sei disso, pois tenho um filho que sofre isso na pele”, afirmou.

Da vivência à política pública

Essa experiência pessoal inspirou projetos e ações concretas. Entre eles, está a lei que garante 60% de desconto no IPVA para famílias atípicas, já regulamentada pelo Governo do Estado. Além disso, a deputada destinou R$ 120 mil para consultas com neuropediatra em Dourados, verba que já está na conta da prefeitura, e R$ 250 mil para Campo Grande, com o mesmo objetivo: reduzir filas e garantir acesso a laudos médicos, fundamentais para acesso a terapias e direitos.

Saúde com cuidado ampliado

A deputada também lançou a Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais da Saúde, após ouvir denúncias sobre agressões, sobrecarga e falta de estrutura nos hospitais.

“Grande parte da enfermagem é formada por mulheres, muitas são mães solo. Como exigir acolhimento de quem está adoecendo por dentro?”, questionou Lia.

Pela vida das mulheres

Diante dos altos índices de feminicídio em Mato Grosso do Sul, a parlamentar também defende ações firmes de proteção e enfrentamento à violência contra a mulher. Em 2025, o Estado já registrou 25 casos de feminicídio consumado e 49 tentativas graves.

Para enfrentar esse cenário, Lia atua pela ampliação do Programa Protege, com Salas Lilás, apoio psicológico, jurídico e assistência humanizada para as vítimas.

“Briga de marido e mulher? A gente mete a colher, a concha, a tampa... tudo. Não podemos nos calar diante da violência”, afirmou com firmeza.

Com uma atuação marcada pelo acolhimento e pela coragem, Lia reforça que fazer política vai além dos discursos.

“Fazer política não é só gritar. É saber ouvir, apontar o problema e construir a solução”, concluiu a deputada.