Campo Grande (MS), Sábado, 11 de Outubro de 2025

PLANO DE REFORMA EM ANDAMENTO

MS cria grupo técnico para reformar Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande

Diagnóstico será feito em 180 dias por equipe interinstitucional e visa melhorias estruturais e no atendimento às mulheres vítimas de violência

06/08/2025

08:45

REDAÇÃO

Grupo vai propor reformas para modernizar unidade que sofre com estrutura precária e denúncias de atendimento ineficaz

O Governo de Mato Grosso do Sul instituiu um Grupo de Trabalho Interinstitucional para realizar um diagnóstico técnico da estrutura da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande. O objetivo é propor um plano de adequações que garantam melhorias físicas e operacionais para os próximos anos. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (6), no Diário Oficial do Estado (DOE).

A medida considera o tempo decorrido desde a inauguração da unidade — há mais de 10 anos — e o crescimento de 11,7% da população de Campo Grande no mesmo período. Também pesam as diferentes demandas dos órgãos que operam no espaço, como Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e polícias.

A iniciativa é parte do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Governo do Estado e a Prefeitura, que estabeleceu uma gestão compartilhada da Casa da Mulher Brasileira. O grupo terá 180 dias para apresentar um relatório conclusivo com diagnóstico técnico e propostas estruturadas de reforma, ampliação ou readequação da unidade.

A coordenação ficará com a Secretaria de Estado da Cidadania, e o grupo contará com representantes da Sejusp (Justiça e Segurança Pública), TJMS (Tribunal de Justiça), MPMS (Ministério Público) e Defensoria Pública. A resolução recomenda que os membros tenham formação em engenharia, arquitetura ou conhecimentos técnicos em políticas públicas para mulheres.

Reforma já licitada pela Prefeitura

A criação do grupo ocorre semanas após a Prefeitura de Campo Grande relançar a licitação para reforma da Casa, após o cancelamento de um edital anterior. Agora, o novo orçamento é de R$ 454 mil — um aumento de 83% em relação ao projeto original. As obras incluem troca de telhado, piso, portas, pintura e outros reparos, com prazo de execução de até 150 dias. A substituição do telhado, item mais caro (R$ 221 mil), deve ser feita em até 120 dias.

A situação foi agravada com o caso da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada dias após relatar atendimento insensível e sem acolhimento na unidade. A tragédia levou a então ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a visitar o local e constatar problemas graves como atendimento manual, falta de integração e deficiência tecnológica. Uma força-tarefa foi então criada para revisar milhares de registros pendentes.

Com a criação do grupo de trabalho técnico, o Governo do Estado busca garantir que a reforma seja eficaz e que a Casa da Mulher Brasileira volte a cumprir plenamente seu papel de acolher e proteger mulheres vítimas de violência.


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