SAÚDE
Dia Mundial sem Tabaco alerta para os riscos do fumo e o avanço silencioso dos cigarros eletrônicos
Celebrada em 31 de maio, data chama atenção para os danos causados pelo tabagismo e para o crescimento preocupante do uso de dispositivos eletrônicos por jovens.
30/05/2025
14:25
REDAÇÃO
@REPRODUÇÃO
Nesta sexta-feira (31) é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre os malefícios do fumo e os impactos devastadores do tabagismo na saúde pública. Em 2024, o tema da campanha global foca especialmente na proteção das novas gerações contra a indústria do tabaco — incluindo os perigos ainda subestimados dos cigarros eletrônicos.
Apesar das décadas de combate ao cigarro tradicional, mais de 8 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de doenças relacionadas ao uso do tabaco, segundo dados da OMS. No Brasil, estima-se que 161 mil mortes anuais estejam associadas ao fumo, seja ativo ou passivo, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Cigarros eletrônicos: o "novo" vilão
Nos últimos anos, o que preocupa especialistas em saúde é o avanço dos dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes. Embora comercializados como alternativas “menos nocivas”, esses produtos contêm nicotina e substâncias tóxicas que podem causar dependência e diversos problemas respiratórios e cardiovasculares.
Pior: muitos desses dispositivos são usados por adolescentes e jovens, atraídos por sabores artificiais e a falsa ideia de que são inofensivos. Uma pesquisa da Fiocruz aponta que o uso de cigarros eletrônicos entre estudantes do ensino médio mais que dobrou nos últimos anos, gerando um alerta para o risco de uma nova geração de dependentes da nicotina.
“É uma nova forma de prender o jovem à dependência química, usando a tecnologia e a desinformação como iscas”, afirma um relatório recente da OMS.
Prevenção e conscientização
O Brasil é reconhecido internacionalmente por suas políticas de controle do tabaco, como a proibição de propagandas, alertas nos maços e ambientes fechados livres de fumo. No entanto, o desafio atual é reforçar o combate aos novos produtos que escapam das regulamentações tradicionais.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já proibiu a venda de cigarros eletrônicos no país, mas a comercialização ilegal continua sendo um problema. Especialistas pedem ações mais efetivas de fiscalização e campanhas educativas nas escolas, além de suporte psicológico para jovens que já estão dependentes.
Dizer não ao cigarro é dizer sim à vida
Neste Dia Mundial sem Tabaco, o recado é claro: não existe forma segura de consumir nicotina, seja em cigarro comum, narguilé, vape ou qualquer outro dispositivo. Dizer não ao tabaco é uma escolha de saúde, de autocuidado e de proteção às futuras gerações.
A recomendação das autoridades é buscar apoio médico para parar de fumar. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito, com acompanhamento profissional, grupos de apoio e medicamentos.
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