POLÍCIA/DUPLO HOMICÍDIO
“Cansei e não queria pagar pensão”: homem confessa com frieza assassinato de mulher e bebê em Campo Grande
Suspeito foi preso ao tentar registrar desaparecimento das vítimas; corpos foram encontrados carbonizados em matagal no Indubrasil
27/05/2025
13:42
REDAÇÃO
“Cansei, sinceramente cansei do relacionamento e não queria pagar pensão”, declarou, em tom direto e sem demonstrar arrependimento.
Um homem de 21 anos, preso nesta terça-feira (27), confessou com frieza o assassinato de sua companheira e da filha dela, uma criança de aproximadamente dois anos, cujos corpos foram encontrados carbonizados em um terreno baldio no bairro Indubrasil, em Campo Grande (MS).
Durante o interrogatório realizado na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito alegou que cometeu o crime por estar “cansado do relacionamento” e por não querer pagar pensão alimentícia.
“Cansei, sinceramente cansei do relacionamento e não queria pagar pensão”, declarou, em tom direto e sem demonstrar arrependimento.
Frieza e alegações de influência
Ao ser questionado sobre o assassinato da própria filha, o homem negou que o motivo fosse exclusivamente financeiro e mencionou ter agido sob “influências”. Pressionado pelos investigadores, citou uma colega de trabalho, mas afirmou que ela não teria solicitado a morte da criança, sem, no entanto, explicar qual teria sido o papel dela.
“Foi mais por causa de influências mesmo”, disse, sem entrar em detalhes.
O tom emocionalmente frio do depoimento chamou a atenção da equipe policial, que relatou ausência total de remorso, inclusive ao se referir à filha. O caso causou comoção entre os investigadores e na comunidade, especialmente pela violência do crime e a tentativa de ocultação por meio do fogo.
Corpos carbonizados
Os corpos foram encontrados por volta das 22h35 de segunda-feira (26), em uma área de vegetação na Rua Desembargador Ernesto Borges, no bairro Morada Imperial, região do Indubrasil. Moradores acionaram as autoridades após perceberem o fogo e o forte cheiro de fumaça.
De acordo com informações da Polícia Civil, a mulher apresentava fratura no pescoço, e a criança ainda usava fralda. A caminhonete usada para desovar os corpos teria sido vista por volta das 20h30, cerca de duas horas antes da descoberta.
As chamas se alastraram pela vegetação, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o fogo. O local foi isolado e periciado. Os corpos foram encaminhados ao Instituto de Odontologia e Medicina Legal (IMOL). Até o momento, as identidades formais das vítimas ainda não foram divulgadas, mas a mulher teria cerca de 30 anos e a criança seria sua filha.
Investigação continua
O caso foi registrado como homicídio qualificado com uso de meio cruel e tentativa de ocultação de cadáver. A Delegacia de Homicídios segue investigando as circunstâncias do crime, incluindo a possibilidade de cúmplices e o envolvimento da mulher citada pelo suspeito.
Mais informações devem ser divulgadas após a coletiva de imprensa agendada pela DHPP.
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