ARTIGO
A vitória de Cristo sobre a morte!
21/04/2025
08:00
Wilson Aquino*
@Wilson Aquino*
Muito além dos ovos de chocolate e das celebrações simbólicas, a Páscoa representa o evento mais grandioso e transformador da história da humanidade: a Expiação e a Ressurreição de Jesus Cristo. Através de Seu sofrimento voluntário, morte e gloriosa ressurreição, o Salvador quebrou os grilhões do pecado e da morte, oferecendo a todos a chance de renascer espiritualmente e viver eternamente ao lado de Deus.
Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, entregou-Se por amor a cada um de nós. Seu sofrimento no Getsêmani e Sua crucificação no Gólgota pagaram o preço de nossos pecados. E ao terceiro dia, Sua ressurreição selou a vitória sobre a morte física. Como Ele mesmo declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11:25).
Essas verdades são reafirmadas com clareza pelas escrituras modernas e pelos profetas vivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O autor e estudioso Cleon Skousen, membro fiel da Igreja, em seu estudo “A Expiação”, destaca que o plano de salvação exigia um resgate justo, capaz de satisfazer as leis eternas reconhecidas pelas inteligências — seres espirituais que só seguem Aquele que é perfeitamente justo. Foi por isso que Jesus se ofereceu voluntariamente, cumprindo perfeitamente o plano do Pai e garantindo, com Sua ressurreição, que todos também ressuscitarão.
O Livro de Mórmon confirma essa promessa: Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos, e levou consigo os vínculos da morte, que é o sepulcro, e os vínculos do inferno (Mórmon 7:5). Ele abriu o caminho para que toda a humanidade, sem exceção, ressuscite e seja julgada com justiça e misericórdia.
A doutrina restaurada em nossos dias também é clara ao ensinar que esse sacrifício foi completo, eterno e pessoal. Como declarou o Presidente Russell M. Nelson, profeta atual da Igreja: “A Expiação do Salvador é o maior exemplo de amor que este mundo já conheceu. Não há sofrimento físico, ferida espiritual, provação, angústia, fraqueza ou desgosto que não possam ser curados pela Expiação do Senhor Jesus Cristo.”
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, afirmou: “A ressurreição de Jesus foi a maior de todas as vitórias possíveis. Ela garantiu que a morte não é o fim e que, graças a Ele, todos viveremos de novo.”
A Presidente Camille N. Johnson, da presidência geral da Sociedade de Socorro, ensinou:“A Páscoa é o lembrete de que Cristo vive — e porque Ele vive, nossas dores podem ser aliviadas, nossos pecados perdoados e nossos corações transformados.”
E o Élder Dieter F. Uchtdorf reforçou:“A ressurreição de Cristo transformou uma tragédia em triunfo. Ele não apenas morreu por nós, mas vive por nós, guia-nos hoje e nos chama a segui-Lo. “Essas declarações reforçam que a Páscoa não é apenas uma lembrança simbólica, mas uma realidade viva. Jesus Cristo ressuscitou. Ele venceu a morte. E por meio dEle, todos nós venceremos também.
Neste tempo sagrado da Páscoa, somos convidados a mais do que apenas lembrar do Salvador. Somos convidados a refletir profundamente sobre o significado pessoal de Sua Expiação e Ressurreição. O que tudo isso representa para mim? O que estou fazendo, de forma prática, com esse presente infinito de amor e perdão? Essas perguntas, quando feitas com sinceridade, despertam em nosso coração um sentimento de gratidão e o desejo de viver à altura desse sacrifício.
Cristo não sofreu e morreu por uma humanidade abstrata. Ele passou por cada dor, angústia e humilhação por mim, por você, por cada filho de Deus individualmente. Ele conhece nossas lutas, nossas quedas, nossos medos. E mesmo assim, nos estende a mão, oferecendo cura, esperança e uma nova chance. A Expiação não é apenas para os que “já mudaram”, mas para os que ainda estão lutando, tropeçando e tentando acertar o passo no caminho do discipulado.
É essa consciência que deve nos impulsionar a continuar, mesmo quando falhamos. A graça de Cristo não elimina a necessidade de esforço, mas nos ampara em cada tentativa. Quando caímos, Ele não nos rejeita. Ele nos ergue, sussurra que somos capazes e nos dá força para tentar de novo. Por isso, a Páscoa deve ser também um tempo de renovação de propósitos, de esforço sincero para abandonar o pecado e viver de acordo com os mandamentos que Ele nos deu.
Seus mandamentos não são fardos — são diretrizes amorosas para uma vida mais plena e feliz. Quando decidimos obedecer, ainda que com dificuldade, mostramos que compreendemos, mesmo que parcialmente, o preço que Ele pagou por nós. Nosso progresso espiritual será sempre gradual, mas precisa ser constante. E mesmo que a jornada seja árdua, a certeza de que Cristo vive e está conosco torna o caminho mais leve e cheio de sentido.
A Páscoa, portanto, não deve terminar no domingo da Ressurreição. Ela precisa continuar viva em nosso cotidiano, como um alicerce espiritual sobre o qual construímos nossa fé, nossa esperança e nosso compromisso com o bem. Cristo vive. Ele venceu o mundo. E, com Ele, nós também podemos vencer — nossos medos, nossas fraquezas, nossas dores. Sigamos em frente com fé, com coragem e com o coração cheio de gratidão. Porque, graças a Ele, há sempre uma nova manhã, uma nova chance, uma nova vida.
*Jornalista e Professor
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