POLÍCIA
Após liberação de agressor em audiência de custódia, MPMS recorre e Justiça determina nova prisão
Decisão foi revertida no plantão judiciário após recurso do Ministério Público, que alertou sobre risco à vítima e gravidade do caso
14/04/2025
07:20
REDAÇÃO
Willian foi solto com uso de tornozeleira eletrônica após audiência de custódia, mas teve a prisão restabelecida por decisão judicial. Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) obteve, neste domingo (13), decisão favorável do Tribunal de Justiça do Estado (TJMS) para restabelecer a prisão preventiva de um homem investigado por violência doméstica e tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira. A prisão foi cumprida por agentes da Polícia Militar.
O agressor havia sido liberado durante audiência de custódia realizada na última sexta-feira (11), com concessão de liberdade provisória mediante monitoração eletrônica. O caso, no entanto, mobilizou o MPMS, que considerou a soltura um risco iminente à integridade física e psicológica da vítima e seus familiares, solicitando urgência na reversão da medida.
A nova prisão foi determinada pelo desembargador plantonista Marcelo Câmara Rasslan, que acolheu os argumentos do MPMS e suspendeu os efeitos da decisão anterior, dando efeito suspensivo ao recurso interposto pelo órgão ministerial. O magistrado destacou a gravidade dos fatos apurados e a necessidade de preservar a ordem pública.
"Essa decisão demonstra o compromisso do MPMS com a proteção das vítimas de violência doméstica e a punição adequada dos responsáveis por tais crimes", declarou o desembargador.
Histórico e repercussão
O autor do crime responde por tentativa de feminicídio, após ter desferido seis facadas contra a vítima, inclusive na região íntima. O ataque foi presenciado por três crianças, entre elas um bebê de 8 meses. Mesmo após o crime, a vítima relatou que continuou sendo ameaçada por mensagens enquanto estava hospitalizada.
Além do atual caso, o suspeito possui extenso histórico criminal. Ele já foi absolvido em plenário do Tribunal do Júri por crime doloso contra a vida — decisão que também está sendo recorrida pelo MPMS.
A situação ganhou ampla repercussão na mídia sul-mato-grossense, reacendendo o debate sobre a atuação rápida das instituições em casos de violência doméstica e a eficácia das audiências de custódia.
Violência doméstica é crime. Denuncie.
Canais de denúncia:
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
190 – Polícia Militar (em caso de emergência)
Procure a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM)
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