ALERTA
Obsessão não é amor: O alerta de Renata sobre a perseguição de Caio Nascimento
13/02/2025
15:40
REDAÇÃO
CGNEWS
Caio Nascimento, preso ontem pelo feminicídio de Vanessa Ricarte, foi acusado de perseguição e abuso psicológico antes do crime (Foto/Reprodução)
A administradora Renata*, de 40 anos, está acompanhando com horror as notícias sobre o assassinato de Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio cometido pelo ex-noivo, o músico Caio Nascimento Pereira. A tragédia a fez reviver um episódio assustador de sua própria vida, no qual ela foi perseguida de forma obsessiva pelo mesmo homem que ceifou a vida de Vanessa.
Em 2018, Renata teve um breve encontro com Caio, em um bar, e, embora não tenha se interessado por ele, logo passou a ser alvo de sua insistência. Ela o rejeitou educadamente, mas ele, sem respeitar os limites, começou a perseguí-la de maneira perturbadora. "Ele descobriu onde eu morava, foi na minha casa. Pedi que ele fosse embora, fiquei com medo", relembra. Esse comportamento se intensificou, com ligações e mensagens incessantes, mesmo depois de ela bloqueá-lo nas redes sociais.
O músico, determinado, passou a usar outros meios para se comunicar, como SMS. "Até pouco tempo eu tinha todos os prints, porque tinha medo do que ele ainda pudesse fazer", conta Renata, ainda assustada com as mensagens que recebia a qualquer hora, inclusive de madrugada. Em uma das mensagens, Caio chegou a escrever: “Vou aceitar seu pedido de desculpas por me bloquear”. Esse tipo de insistência é, segundo Renata, um sinal claro de desequilíbrio. "Isso não é normal, pessoa normal não age dessa forma", conclui.
A perseguição durou cerca de três meses, até que Renata decidiu pedir ajuda. Após acionar um amigo que trabalhava no Judiciário, a Polícia Militar foi chamada, e Caio se afastou. Mesmo após esse episódio, ele continuou a tentar contatá-la, alegando ter mudado e até indo à igreja, mas Renata, com medo, recusou qualquer tipo de reaproximação.
"Esse comportamento obsessivo, de ligar insistentemente e tentar se aproximar contra a vontade da outra pessoa, não é paixão. É um sinal claro de que algo não está certo. É comportamento de alguém desequilibrado", alerta Renata, destacando a importância de reconhecer os sinais de alerta em situações como essa.
O caso de Vanessa Ricarte deve ser um ponto de reflexão para todos, lembrando-nos de que a obsessão não é uma forma de afeto ou amor. Quando o "não" não é respeitado e se torna a base de uma perseguição constante, é hora de agir. Esse tipo de comportamento deve ser reconhecido, denunciado e combatido, para que tragédias como a de Vanessa não se repitam.
A experiência de Renata serve de alerta para tantas mulheres que, assim como ela, enfrentam a perseguição de homens obsessivos e abusivos. É essencial que se identifiquem os sinais e se busquem meios de proteção, seja por meio de apoio da polícia, da justiça ou de serviços especializados.
O luto de Vanessa e de tantas outras vítimas de feminicídio não pode ser em vão. Que a morte de Vanessa seja um grito de indignação e um impulso para que possamos, como sociedade, enfrentar e erradicar a violência contra a mulher.
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