POLICIAL
Delegada destaca a importância da agilidade nas medidas protetivas após feminicídio de Vanessa Ricarte
13/02/2025
11:15
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Delegadas Elaine Benicasa e Analu Ferraz, da Deam, durante coletiva de imprensa sobre o segundo feminicídio ocorrido em Mato Grosso do Sul. (Foto: Henrique Kawaminami)
O caso da trágica morte de Vanessa Ricarte lança luz sobre a necessidade crítica de intervenção precoce e de protecção das mulheres em relações violentas. Na recente coletiva de imprensa, a Delegada Elaine Benicasa enfatizou a importância de as vítimas preencherem boletins de ocorrência e buscarem medidas de proteção, observando que embora Vanessa tenha solicitado tais medidas, a notificação ao seu agressor, Caio, chegou tarde demais. Benicasa destacou que apesar do pronto atendimento das autoridades, o processo para medidas de proteção judicial precisa ser mais célere.
A situação sublinha como as vítimas, como Vanessa, podem nem sempre reconhecer a extensão total do perigo que correm, especialmente quando os abusadores fazem promessas de reforma, como fez Caio ao afirmar que se “curaria” através de meios religiosos.
O histórico de violência doméstica de Caio, incluindo agressões anteriores e vários relatórios policiais, pinta um quadro perturbador de um abusador em série que continuou a aumentar a sua violência.
É crucial que as pessoas conheçam os sistemas de apoio disponíveis, como a Casa da Mulher Brasileira, que oferece uma gama de serviços para mulheres que enfrentam violência. O incidente também serve como um lembrete claro de como por vezes os sinais de alerta são ignorados e da necessidade de ouvir as preocupações das vítimas, reconhecer os padrões de comportamento abusivo e tomar medidas mais rápidas.
Se você ou alguém que você conhece sofre violência doméstica, é essencial recorrer aos recursos disponíveis, seja através de serviços locais ou de linhas diretas nacionais.
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