Campo Grande (MS), Quarta-feira, 01 de Janeiro de 2025

SAÚDE

Mato Grosso do Sul intensifica combate ao cigarro eletrônico com ações integradas

29/12/2024

08:00

REDAÇÃO

@ Joédison Alves/Agência Brasil

Em 2024, Mato Grosso do Sul deu um passo decisivo no combate ao crescente uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens. Com base em dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que indicam que 14,9% dos jovens de 18 a 24 anos no estado utilizam esses dispositivos, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) intensificou suas ações para frear a comercialização e o consumo desses produtos.

Os cigarros eletrônicos, que contêm substâncias como nicotina, metais pesados e compostos cancerígenos, representam uma ameaça à saúde pública. Para enfrentar esse desafio, a SES, por meio da Coordenadoria de Vigilância Sanitária, da Gerência de Prevenção e Controle do Tabagismo, e da Gerência de Atenção à Saúde do Adolescente, se uniu a outras instituições, incluindo a Secretaria de Estado de Educação (SED). Juntas, essas entidades implementaram ações de fiscalização rigorosa, educação preventiva e promoção de saúde.

Entre as ações mais significativas, destacam-se as apreensões de mais de 2.600 cigarros eletrônicos e 700 essências em operações realizadas em cidades como Campo Grande e Três Lagoas. Além disso, foi lançado o “Protocolo de 5 Passos”, que visa enfrentar de forma mais eficaz a comercialização ilegal desses dispositivos no estado.

Ações educativas nas escolas

A prevenção também foi focada no campo educacional, com o início de campanhas nas escolas da Rede Estadual de Ensino. Integradas ao Programa Saúde na Escola (PSE), as atividades envolveram palestras, oficinas e eventos de conscientização, promovendo um ambiente escolar saudável e livre do uso de cigarros eletrônicos. A ideia central dessas iniciativas foi informar os jovens sobre os malefícios desses dispositivos e envolver escolas, famílias e serviços de saúde em uma rede de apoio e prevenção.

Capacitação de profissionais e parcerias estratégicas

Além das ações educativas, a SES também investiu na capacitação de profissionais da saúde, vigilâncias sanitárias municipais e forças de segurança, aprimorando as operações e a conscientização local. A colaboração com entidades como Anvisa, INCA (Instituto Nacional de Câncer), Procon e Polícia Civil fortaleceu ainda mais as estratégias, ampliando o alcance das ações no estado.

Matheus Moreira Pirolo, gerente de Apoio aos Municípios da SES, destacou que Mato Grosso do Sul é o segundo maior consumidor de cigarros eletrônicos do Brasil. Ele explicou que, por meio de medidas preventivas, o estado busca dificultar o acesso aos "pods" e "vapes", além de aumentar a conscientização sobre os riscos desses dispositivos.

Riscos à saúde e impactos econômicos

Embora muitas vezes considerados uma alternativa menos nociva ao cigarro tradicional, os cigarros eletrônicos apresentam riscos sérios à saúde, como doenças pulmonares, problemas cardiovasculares e diversos tipos de câncer. O uso desses dispositivos também pode levar à dependência da nicotina, agravando os custos com tratamentos de saúde no futuro. As ações adotadas pela SES não só protegem a saúde dos cidadãos, mas também visam reduzir os gastos com o tratamento dessas doenças.

Além disso, a participação da população foi incentivada com canais de denúncia anônima, como a Ouvidoria do SUS (136) e o Procon (151), para combater a comercialização ilegal de cigarros eletrônicos.

Planos para 2025: Mais ações de prevenção

O governo estadual continuará a priorizar a saúde pública em 2025, com ações planejadas para intensificar ainda mais a prevenção e o combate ao uso de cigarros eletrônicos. Carla Costa, gerente de Atenção à Saúde do Adolescente da SES, afirmou que o trabalho continuará nas escolas, com mais palestras e atividades de conscientização, reforçando o papel da escola como um ambiente seguro e saudável para os jovens.

“A prevenção e a conscientização são fundamentais para garantir que os estudantes possam crescer em um ambiente livre de dependências e comportamentos prejudiciais. O futuro saudável de nossos jovens depende dessas ações contínuas”, concluiu Carla Costa.


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