Campo Grande (MS), Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024

POLÍCIA

Operação da Polícia Federal afastou desembargadores e conselheiros em grande esquema de corrupção em MS

Agentes da Polícia Federal e da Receita Federal realizam operação para investigar esquema de corrupção em Mato Grosso do Sul, recolhendo documentos nos gabinetes de cinco desembargadores afastados.

24/10/2024

09:10

CE

REDAÇÃO

Agentes da PF e da Receita recolheram uma série de documentos nos gabinetes dos cinco desembargadores que foram afastados - Marcelo Victor lenda

A Polícia Federal desencadeou uma operação nesta quinta-feira (24) que resultou no afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de um juiz de primeira instância. A ação revela um grande esquema de corrupção que se arrasta há mais de uma década entre os poderes estaduais.

A operação é uma continuidade da "Mineração de Ouro", iniciada há três anos, que, por sua vez, é desdobramento da "Lama Asfáltica", que investigou corrupção na administração do ex-governador André Puccinelli entre 2007 e 2015. A operação anterior resultou na prisão de várias figuras políticas, incluindo Puccinelli, que passou cinco meses na prisão.

Divulgação

Os desembargadores Sideni Pimentel, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Bastos, o ouvidor Marcos José de Brito Rodrigues e o juiz Paulo Afonso de Oliveira foram afastados. O presidente do TJ, Sérgio Martins, e o conselheiro do TCE, Osmar Jeronymo, também perderam suas funções. Ambos têm ligações diretas com a administração de Puccinelli, o que levanta questões sobre a influência política no esquema.

Investigação e Indícios de Corrupção

A Receita Federal, que está colaborando com a operação, destacou que há indícios de irregularidades em decisões do TCE, envolvendo fraudes em licitações de obras do Estado e desvio de recursos públicos. Os investigadores identificaram que lobistas, advogados e servidores públicos se reuniam para influenciar decisões favoráveis, prejudicando outras partes envolvidas, especialmente em casos relacionados a propriedades rurais de grande valor.

Apreensões e Consequências

Na casa do conselheiro Ronaldo Chadid, foram apreendidos cerca de R$ 800 mil em espécie, suspeitos de serem provenientes de cobranças de propina. Embora os conselheiros afastados ainda não tenham sido julgados, a operação destaca a gravidade das acusações e a complexidade do esquema de corrupção.

A operação envolve 31 Auditores Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal e 217 Policiais Federais, demonstrando a seriedade e a amplitude das investigações em curso.


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