Campo Grande (MS), Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

SAÚDE

Surto de Botulismo na Bahia: Estado registra sexto caso confirmado em 2024 e duas mortes

A mais comum é o botulismo produzido pela ingestão de alimentos contaminados, na maioria dos casos, alimentos em conserva ou feitos em casa.

26/09/2024

14:00

REDAÇÃO

MARIA GORETI

Evitar a ingestão de alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e na aparência;

A Bahia está enfrentando um surto de botulismo em 2024, com a confirmação do sexto caso da doença, segundas informações divulgadas pela Vigilância Epidemiológica do estado nesta quarta-feira (25). O botulismo é uma doença neuroparalítica grave e rara, que pode levar à paralisia muscular e até à morte se não for tratada de forma rápida e adequada.

Quatro casos confirmados no município de Campos Formoso , um caso em Senhor do Bonfim . e um caso em Cícero Dantas .

Dos seis pacientes acometidos pela doença, três permaneceram internados em hospitais da região, recebendo tratamento intensivo, um paciente recebeu alta médica após recuperação recuperada e dois faleceram em decorrência das complicações provocadas pela doença, que podem ser fatais sem intervenção médica imediata.

Autoridades de saúde investigam um surto crescente da doença, ligada ao consumo de alimentos contaminados; quatro das vítimas haviam ingerido mortadela de frango antes dos primeiros sintomas / Reprodução

A Vigilância Epidemiológica da Bahia continua monitorando o estado de saúde dos internados e realizando investigações para identificar a origem da contaminação.

A doença pode apresentar-se sob diferentes formas: botulismo alimentar, intestinal, de feridas

O que é o Botulismo?

O botulismo é uma doença causada pela toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum . A doença não é contagiosa e ocorre principalmente por meio da ingestão de alimentos contaminados. Existem três principais formas da doença:

  1. Botulismo Alimentar : Causado pelo consumo de alimentos contaminados pela toxina, como conservas caseiras, enlatadas e embutidos. A ingestão de produtos com armazenamento inadequado também pode gerar risco de contaminação.
  2. Botulismo de Feridas : Ocorre quando uma bactéria infecta feridas abertas, produzindo uma toxina no local e entrando na corrente sanguínea.
  3. Botulismo Infantil : Comum em bebês, ocorre quando há ingestão de esporos de bactérias, que se desenvolvem no intestino e produzem toxina. O mel é um dos alimentos associados ao risco de botulismo infantil.

Os sintomas do botulismo geralmente surgem entre 18 e 36 horas após a exposição à toxina, mas esse período pode variar. Entre os principais sinais estão:

  • Visão turva ou dupla;
  • Dificuldade para falar e engolir;
  • Boca seca;
  • Sensação de fraqueza;
  • Paralisia progressiva que pode começar nos músculos externos e se estender a todo o corpo, incluindo os músculos respiratórios.
  • Como prevenir o botulismo?

    Para evitar a contaminação por botulismo, é essencial tomar alguns cuidados relacionados ao manuseio e consumo de alimentos. Confira as principais recomendações:

  • Lave e desinfete superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos.

  • Trate a água destinada ao consumo, seja filtrando, fervendo ou adicionando duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água (aguarde 30 minutos antes de consumir).

  • Evite ingerir alimentos em conserva armazenados em latas estufadas ou amassadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com odor e aparência alterados.

  • Não consuma produtos de origem desconhecida ou clandestina.

  • Lave as mãos sempre antes de preparar ou manusear alimentos.

  • Conserve alimentos na geladeira, não deixe à temperatura ambiente e sempre reaqueça as sobras antes de consumir.

  • Ferva os alimentos por pelo menos 10 minutos para inativar a toxina.

 

Em casos graves, a paralisia pode levar à insuficiência respiratória e à morte. O tratamento é baseado no uso de antitoxina, que interrompeu a progressão da doença, e


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