Neste mês de agosto, um novo capítulo se abre para a agricultura familiar de Campo Grande e para o Cotolengo, uma instituição que oferece assistência a crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral grave. Com o apoio do Governo do Estado, através da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), 17 agricultores familiares começaram a fornecer alimentos para a entidade por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Os 17 produtores, que incluem tradicionais, assentados, quilombolas, orgânicos e do crédito fundiário, passarão a entregar alimentos para o Cotolengo, com um valor total de R$ 155 mil em transações dentro do programa. Cada agricultor poderá fornecer até R$ 14 mil em alimentos ao longo de um ano. O PAA, um programa federal, apoia a agricultura familiar comprando seus produtos para distribuição em instituições que atendem a populações em situação de vulnerabilidade.

O Padre Valdecir Marcolino, responsável pelo Cotolengo, expressou sua satisfação com a inclusão no PAA, destacando que a iniciativa não só melhorará a qualidade alimentar das pessoas assistidas pela instituição, mas também reduzirá os custos operacionais. “Os alimentos que recebemos são frescos e, em muitos casos, orgânicos, o que é fundamental para a saúde das nossas crianças. A parceria com o PAA representa um avanço significativo para nossa instituição”, afirmou o padre.

Emocionado, Washington Willeman, diretor-presidente da Agraer, expressou seu agradecimento a todos os envolvidos e ressaltou a importância da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) pública. “É um motivo de orgulho ver o trabalho dos nossos técnicos e dos agricultores se transformando em alimentos que chegarão às mesas do Cotolengo. Isso é um retorno valioso à sociedade”, destacou Willeman.

Importância do Programa

O secretário executivo da SEAF/Semadesc, Humberto Melo, enfatizou o fortalecimento do PAA na atual gestão federal e o papel fundamental do Governo do Estado em apoiar a execução dessa política pública. “O PAA oferece um preço justo para o agricultor familiar e garante alimentos de qualidade para as instituições. É uma política que beneficia tanto os produtores quanto as pessoas em situação de vulnerabilidade”, afirmou Melo.

Naiara Clingia, produtora da comunidade quilombola Chácara Buriti, expressou sua satisfação com a nova parceria. “Saber que nossos produtos estão ajudando o Cotolengo é uma grande satisfação. A agricultura familiar não apenas gera nossa renda, mas também contribui para o bem-estar de muitos”, disse Naiara.

O PAA envolve também o suporte técnico da Agraer, que oferece orientação aos agricultores e assistência na documentação dos editais de compra. A iniciativa é um exemplo de como políticas públicas podem criar sinergias entre agricultura familiar e instituições de assistência social, promovendo benefícios mútuos e fortalecendo a rede de apoio às populações vulneráveis.