Campo Grande (MS), Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024

REDES SOCIAIS

Facebook: 20 anos de sucesso comercial, números gigantes e a sombra do escândalo Cambridge Analytica

05/02/2024

08:55

UOL

LUCIANA GURGEL

Mark Zuckerberg em cena de documentário da Netflix sobre o escândalo Cambridge Analytica (snapshot)

Londres – O aniversário de 20 anos do Facebook, neste domingo (4), é festejado pelos que reconhecem a revolução na forma como as pessoas se comunicam e e se informam, mas lamentado pelos que aproveitam a data para lembrar problemas como a disseminação de fake news, o impacto negativo sobre a saúde mental dos usuários e o escândalo Cambridge Analytica. 

Dias antes do aniversário, o criador da rede e CEO, Mark Zuckerberg, encarou congressistas nos EUA junto com líderes de outras quatro rede sociais e ouviu do senador republicano Lindsey Graham: “Eu sei que vocês não queriam que fosse assim, mas vocês têm sangue nas mãos”. 

Zuckerberg tentou olhar para a frente. Pediu desculpas a pais que exibiram fotos de jovens mortos após assédio sexual no Facebook e prometeu esforços para evitar que essas situações se repitam – mas tem que conviver com críticas pesadas, ameaças de regulamentação, processos judiciais e o mais importante: perda de audiência jovem.

Há 20 anos, Facebook nascia em Harvard

A posição em que ele se encontra é bem diferente da que estava em janeiro de 2004: um jovem estudante de psicologia e computação de Harvard que se juntou com colegas, entre eles o brasileiro Eduardo Saverin, para criar um diretório online de pessoas da faculdade batizado de “Thefacebook”. 

O objetivo era trocar posts, mensagens, e criar uma rede de ‘amigos’. O pilar era o ‘mural’, onde os usuários podiam publicar posts ou escrever sobre outros.

Antes disso, em 2003, Zuckerberg tinha criado o Facemash, site com fotos de estudantes permitindo que os visitantes votassem nos mais atraentes. Explodiu em audiência nas primeiras horas. 

No entanto, a ideia não foi bem recebida por Harvard. Como as imagens haviam sido retiradas da rede protegida da escola e muitos reclamaram, o autor teve que tirar o site do ar e quase foi expulso. 

O tropeço inicial não impediu que o Facebook fosse adiante, embora Zuckerberg tenha tido que enfrentar batalhas jurídicas em seu empreendimento.

Uma delas foi com três alunos de Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss e Diyva Narendra, que o haviam convidado para trabalhar em um projeto semelhante, o site ConnectU. 

Os três processaram o ex-colaborador, alegando que a ideia do Facebook tinha sido roubada deles. O caso chegou ao fim em 2008, com cada um recebendo US$ 1,2 milhão em ações do Facebook – que passaram a valer US$ 300 milhões quando a empresa abriu o capital na bolsa.  

Na última quinta-feira (1) a Meta divulgou os resultados financeiros do último trimestre de 2023, reportando lucro de US$ 14 bilhões e receita superior a US$ 40 bilhões, advinda principalmente de publicidade direcionada. 

O avanço rápido do Facebook 

Aos 20 anos do Facebook sob a liderança de Mark Zuckerberg, é difícil saber se o ConnectU teria alcançado sucesso semelhante e a influência na sociedade que ele tem hoje. 

O avanço foi rápido. Inicialmente restrito a Harvard, o Thefacebook se expandiu para Stanford, Columbia e Yale um mês depois do lançamento. No fim do ano estava disponível para alunos da maioria das faculdades americanas.

O passo seguinte foi abrir para estudantes do ensino médio. Em 2006 o Facebook passou a aceitar qualquer pessoa. 

Em outubro de 2012, a rede social bateu 1 bilhão de usuários mensais. Ao fim de 2023, a Meta (nome atual da holding do grupo que também possui o Instagram e WhatsApp) anunciou a marca de 3 bilhões de usuários. 

O nome atual, Facebook, sem o “the”, foi adotado em 2005, e denominava a holding até 2021, quando Zuckerberg decidiu batizá-la de Meta, na esteira de escândalos associados ao nome Facebook e Instagram, alvo de denúncias de uma ex-funcionária sobre males causados a jovens que eram de conhecimento da empresa. 


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