No dia 22 de agosto, a Assessoria de Relações Internacionais (ARELIN), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), deu importantes passos para a internacionalização da Instituição, conquistando avanços para toda a comunidade universitária. Foram aprovados no Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), quatro relevantes resoluções alinhadas com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e  Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2021-2025, onde a internacionalização configura-se como um dos eixos estratégicos da UEMS. São elas:

1. Programa de Mobilidade Acadêmica Virtual: que tem como objetivo regulamentar a mobilidade acadêmica virtual nos cursos de graduação e programas de pós-graduação.  A mobilidade acadêmica virtual, nacional e internacional, diz respeito à realização de atividades acadêmicas, curriculares e/ou extracurriculares por parte de alunos de graduação e programas de pós-graduação, bem como de atividades profissionais por parte de professores e técnicos, em parceria com instituições nacionais ou estrangeiras, em formato não presencial.

A Professora Rosenery Loureiro Lourenço, chefe da ARELIN, afirma que um resultado especial e imediato desta resolução é a possibilidade de professores de graduação ofertarem disciplinas em modalidade virtual para estudantes de outros países. “A UEMS participou de edições do Programa de Intercâmbio de Estudantes Brasil-México (Bramex) e Programa de Mobilidade Virtual (PILA Virtual) nos anos de 2022 e 2023, e enviamos para mobilidade virtual 39 alunos no primeiro ano e 65 no segundo ano. Agora nossos professores de graduação poderão receber em suas disciplinas alunos da América Latina em ofertas na modalidade virtual. Para isso, disciplinas hoje cadastradas no projeto pedagógico como EaD, por exemplo, podem ser ofertadas de forma virtual com encontros síncronos e a participação de alunos brasileiros e estrangeiros. A inscrição para ofertas no PILA virtual 2024 iniciam a partir de 04 de setembro”, destaca a docente.

2. Programa das Ações de Internacionalização: que visa regulamentar o desenvolvimento e os processos relativos às ações de internacionalização, para alunos dos cursos de graduação e pós- graduação, professores e técnicos da UEMS e, de alunos, professores e técnicos provenientes de Instituições nacionais ou estrangeiras em mobilidade na UEMS. 

A importância dessa resolução está em conceituar para a comunidade acadêmica as diversas ações de internacionalização, as quais podem ser enquadradas em: celebração de acordos ou convênios de cooperação internacional; recepção de autoridades e delegações estrangeiras; recepção de professores ou alunos estrangeiros em atividades do curso ou programa; parcerias em projetos internacionais; participação em missão internacional; participação em visita técnica ou laboral internacional; participação em mobilidade/intercâmbio acadêmica presencial ou virtual; participação em comunidade de aprendizagem internacional; coordenação ou colaboração em clube de línguas; realização de minicursos e cursos e organização de eventos internacionais. 

De acordo com a profa. Rosenery, em breve será lançado um edital de fluxo contínuo para que tais ações sejam registradas, algumas delas serão certificadas pela ARELIN, e outras (aquelas que dizem respeito a pesquisa e extensão internacional) serão certificadas pela ARELIN e respectivas pró-reitorias (PROPPI e PROEC). “É significante o que se abre com essa regulamentação, pois alguns dos indicadores de internacionalização serão levantados a partir dos dados e registros gerados por estas ações de internacionalização, que muitas vezes já são realizadas pela comunidade universitária, mas não são acompanhadas oficialmente, como por exemplo, oferta de cursos e eventos internacionais ou participação em projetos em colaboração com redes de pesquisas internacionais”.

3. Regulamento dos Comitês de Apoio à Internacionalização: que visa a criação de dois comitês de apoio à Internacionalização, o Comitê Interno de Relações Internacionais (CIRI), órgão consultivo da ARELIN, que tem como finalidade auxiliar as decisões sobre as relações internacionais e ações de internacionalização; e o Comitê Local de Internacionalização (CLI), órgão executivo da ARELIN, que tem o objetivo de promover a cultura de internacionalização nas Unidades Universitárias da UEMS e facilitar a inclusão e representação dos distintos cursos e programas na política e programas de internacionalização da UEMS. “Ambos os comitês fortalecerão a internacionalização na UEMS, e de forma específica, os CLI’s impulsionarão as ações de internacionalização no contexto das unidades universitárias”.

4. Política de Recepção e acolhimento de Estrangeiros: que tem por objetivo orientar os processos relativos ao acolhimento e acompanhamento de docentes, pesquisadores, alunos e pessoal técnico administrativo estrangeiro na UEMS e sua inserção nos processos de internacionalização, oferecendo condições para que acessem atividades de ensino, pesquisa e extensão; serviços linguísticos, humanitários e educacionais, bem como, o estabelecimento de uma internacionalização inclusiva. 

Em breve a ARELIN trabalhará em um programa e editais especiais, em parceria com a Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPI), Pró-reitoria de Ensino (PROE) e Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (PROEC) para fortalecer o acolhimento internacional na UEMS, ressalta a professora Rosenery Lourenço. Ela também pontua que “estas quatro resoluções, somadas às resoluções CEPE-2261/2020 e COUNI 584/2021, ampliam o leque de possibilidades da UEMS e fortalecem a política de internacionalização (resolução 2260/2021) que em alinhamento ao PDI 2020-2025 tem desenvolvido um planejamento estratégico para oferecer para a sociedade sul-mato-grossense uma formação transcultural e profissional integrada com ciência, tecnologia e inovação em âmbito local e global, mediante fortalecimento de cooperações internacionais e aumento da participação da UEMS no cenário internacional”.