SEGURANÇA
Saiba evitar golpes com uso do Pix
Dados do Banco Central mostram que, em abril, conforme as estatísticas mais recentes, a modalidade tinha 109,8 milhões de pessoas físicas cadastradas e 8,5 milhões de pessoas jurídicas.
02/07/2022
08:00
NAOM
Com 118 milhões de usuários, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos, caiu no gosto popular e na mira de criminosos e golpistas. Dados do Banco Central mostram que, em abril, conforme as estatísticas mais recentes, a modalidade tinha 109,8 milhões de pessoas físicas cadastradas e 8,5 milhões de pessoas jurídicas.
No mesmo mês, o total de chaves registradas chegou a 438,5 milhões no país. Em março, foram feitas 1,6 bilhão de operações envolvendo a modalidade. Com a popularidade, o Pix se torna um dos principais alvos de criminosos que roubam ou furtam celulares ou conseguem invadir a conta pela internet.
A empresa de segurança na internet PSafe afirma que, de janeiro a abril deste ano, foram bloqueadas mais de 3 milhões de tentativas de golpes financeiros no Brasil, o que corresponde a mais de 25 mil tentativas por dia. As estatísticas envolvem golpes em geral, incluindo os que têm o Pix como alvo.
Em novembro do ano passado, um ano após o lançamento do Pix, novas regras do Banco Central passaram a valer para reforçar a segurança dos usuários. Entre elas estão o bloqueio cautelar e a devolução especial de valores.
Em vez de fazer o crédito automaticamente, a instituição responsável pela conta que recebe os valores suspeitos realiza um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas.
"A opção vai possibilitar que a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores vítimas de algum crime", diz o BC.
No mecanismo especial de devolução, o cliente que foi vítima de golpe pode pedir o dinheiro de volta. Para isso, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente a instituição pelo canal de atendimento oficial, como SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) ou Ouvidoria.
Segundo a Febraban, as operações por Pix são totalmente rastreáveis e, no caso de irregularidades, "todos os envolvidos serão identificados e responderão pelos delitos".
A Folha ouviu especialistas em segurança bancária e os cinco maiores bancos e reuniu as principais dicas de segurança para quem usa o Pix.
VEJA CINCO DICAS PARA PROTEGER SEU PIX
1 - Tenha cuidado com senha do app do banco
O Pix é uma operação feita por meio da rede bancária e muitas das movimentações fraudulentas ocorrem após roubo, furto ou invasão do celular por criminosos
Quem tem app do banco instalado deve ter muito cuidado com a senha, que não deve ter números facilmente identificáveis como de documentos ou datas de nascimento, por exemplo
Jamais anote sua senha do banco no bloco de notas do celular
Ao usar o app, sempre saia da conta
Os apps de bancos não armazenam as senhas e as movimentações
2 - Diminua o valor que pode ser transferido por Pix
Os bancos têm bloqueios específicos do Pix conforme o valor e o horário
Operações acima de R$ 1.000 no período noturno precisam ser liberadas pelo cliente e há prazo para que haja resposta a esse pedido de liberação
No entanto, o próprio cidadão pode diminuir e aumentar os limites de transferência bancária a qualquer momento, incluindo o Pix, de forma rápida
Especialistas recomendam ter um limite bem baixo transferência por Pix, o que limita e dificulta a ação de criminosos
3 - Sempre confirme os dados de quem vai receber o Pix
Antes de terminar a operação de transferência via Pix, confirme a chave de quem vai receber
Revise também os valores; ao errar na transação, é possível ter o dinheiro de volta, mas isso leva tempo e necessitará de uma investigação feita por seu banco
4 - Cuidado com as transferências
Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar se o pedido de valores está sendo feito pela própria pessoa
Um dos golpes mais comuns envolvendo Pix é o da falsa conta do celular, quando o golpista rouba a foto da pessoa de alguma forma e, com outro número, passa a pedir dinheiro a amigos e familiares
5 - Jamais clique em links para cadastrar a chave Pix
Nunca clique em links recebidos por email, WhatsApp, redes sociais ou SMS para cadastro da chave do Pix
O cadastro da chave deve ser feito sempre pelo site ou aplicativo do banco, ou nas agências bancárias
Nunca compartilhe o código de verificação recebido quando você realiza o cadastro da chave Pix
Não faça qualquer tipo de cadastro no Pix a partir de ligações telefônicas ou contatos pelo WhatsApp, pois essa prática é fraudulenta
Fontes: Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Serasa, PSafe e bancos
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Gabinete Solidário: Equipe de Hashioka arrecada 110 brinquedos para Campanha Caixa Encantada
Leia Mais
Expedição do ecossistema Dakila investiga o misterioso caminho do Peabiru em Santa Catarina
Leia Mais
Roberto Hashioka homenageia engenheiros em sessão solene da Assembleia Legislativa
Leia Mais
APAE de Ponta Porã representará Mato Grosso do Sul no Festival Nacional Nossa Arte
Municípios