SIDROLÂNDIA
Policial suspeito de estuprar presa dentro de delegacia é afastado compulsoriamente
Elbesom de Oliveira, que está em prisão preventiva, também será alvo de ação disciplinar na Polícia Civil
20/04/2022
22:00
MIDIAMAX
MARESSA MENDONÇA
Crime ocorreu dentro da delegacia em Sidrolândia ©Divulgação/PolÃcia Civil
O investigador Elbelsom de Oliveira, de 41 anos, preso preventivamente sob a suspeita de ter estuprado uma detenta, 28, na delegacia de Sidrolândia, foi afastado compulsoriamente do cargo nesta quarta-feira (20). Ele deverá entregar sua arma e carteira funcional e terá todas as senhas de acesso ao sistema policial suspensas.
A medida assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Rogério Faria Custódio, foi publicada no Diário Oficial do Estado e vale enquanto durar a prisão dos suspeito. Além de responder judicialmente pelo crime, Elbesom será alvo de ação disciplinar na polícia.
Investigador é preso por estupro
No dia 12 de abril, o investigador foi preso em flagrante suspeito de estuprar uma detenta na delegacia de Sidrolândia, a 57 quilômetros de Campo Grande. Segundo denúncia, na noite anterior à prisão, a vítima foi retirada de uma das celas e levada para outra sala do prédio, onde foi abusada sexualmente pelo servidor que atuava na Polícia Civil desde 2015.
Segundo apurado pela reportagem, conforme as informações do boletim de ocorrência, após o abuso, o suspeito ainda teria tentado comprar o silêncio de detentos que perceberam a vítima muito abalada, após retornar à cela.
O caso só foi descoberto um dia depois do crime, ocasião em que estes outros detentos solicitaram a presença de uma delegada da cidade. O investigador foi preso.
Justiça manda soltar a detenta
Após a denúncia de estupro, a detenta teve o direito de responder ao processo em liberdade. Ela tinha sido presa por tráfico de drogas e ficaria atrás das grades durante todo o decorrer do processo.
Mas depois de ter sido vítima de abuso, o juiz entendeu que a integridade física e psicológica dela não poderia ser garantida se ela continuasse encarcerada.
Ela foi colocada em liberdade, deixou Mato Grosso do Sul, mas é obrigada a avisar sobre qualquer mudança de endereço.
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