�N�o queremos her�is e nem bandido, queremos estado de paz e ordem�, afirma governador
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| Azambuja quer restabelecer a paz e distensionar a zona de conflito. (Foto: Fernando Antunes) |
Antes do di�logo, as tropas. Essa � a aposta do poder p�blico para que a paz volte ao munic�pio de Ant�nio Jo�o, a 279 quil�metros de Campo Grande. Em meio � quest�o sem�ntica se o conflito fundi�rio se trata de uma invas�o, como defendem os fazendeiros, ou retomada, termo de justifica��o dos �ndios, a disputa pela terra, intensificada na �ltima semana, j� contabiliza um morto.
Ainda nesta segunda-feira, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve encaminhar a presidente Dilma Rousseff (PT) um documento denominado de �instrumento de garantia da lei e ordem�. A formalidade vai permitir que o Ex�rcito atue na regi�o. Os ministros da Defesa, Jaques Wagner, e da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, asseguraram ao governador que o pedido ser� deferido e publicado no Di�rio Oficial da Uni�o.
Conforme Azambuja, a atua��o do Ex�rcito, aliada � PM (Pol�cia Militar), PF (Pol�cia Federal) e For�a Nacional de Seguran�a, � para restabelecer a paz e distensionar a zona de conflito. �N�o queremos her�is e nem bandido, queremos estado de paz e ordem�, afirma o governador.
Para ele, a solu��o depende do governo federal e existem condi��es de di�logo. O governador salienta que a regi�o est� h� 17 anos com problemas, inclusive com a��es no STF (Supremo Tribunal Federal). Azambuja afirma que o governo n�o tem lado na demanda .
�Tanto a intelig�ncia do Ex�rcito quanto a do governo estadual e da PF tamb�m v�o identificar quem s�o as pessoas que est�o incitando o conflito, do lado dos �ndios e produtores�, afirma.
Ser� formada uma comiss�o com as for�as de seguran�a, Funai (Funda��o Nacional do �ndio) e MPF (Minist�rio P�blico Federal). Ainda de acordo com o governador, o Congresso Nacional deve votar a PEC 71 (Proposta de Emenda � Constitui��o), que d� ordenamento jur�dico sobre as quest�es de conflito no campo.
Morte e poder � Sobre a morte do guarani kaiow� Semi�o Fernandes Vilhalva, 24 anos, ocorrida no s�bado, o governador afirma que a Pol�cia Federal e a Sejusp (Secretaria de Justi�a e Seguran�a P�blica) fazem a per�cia e acompanham o caso de perto.
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| Comandante do CMO afirma que Ex�rcito n�o faz reintegra��o, mas ter� poder de pol�cia. (Foto: Fernando Antunes) |
O comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), general Paulo Humberto C�sar de Oliveira, explica que depende da autoriza��o da presidente para definir efetivo e a��es em Ant�nio Jo�o. Ele antecipa que o Ex�rcito n�o far� reintegra��o de posse, mas deve exercer o poder de pol�cia em patrulhas, revistas pessoais e pris�es em flagrante.
�O nosso objetivo � diminuir a tens�o, garantir a ordem e evitar conflitos�, diz o comandante. Azambuja e o comandante do CMO se reuniram na manh� de hoje na Governadoria. Tamb�m participaram da reuni�o representante do DOF (Departamento de Opera��es de Fronteira); PF (Pol�cia Federal); os secret�rios S�lvio Maluf (Seguran�a), Eduardo Riedel (Governo) e M�rcio Monteiro (Fazenda); al�m do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual J�nior Mochi (PMDB), e do deputado estadual Jo�o Grand�o (PT).
O processo - A �rea reivindicada pelos �ndios corresponde a quase 10 mil hectares na faixa de fronteira com o Paraguai, mas a decis�o sobre quem ficar� com a terra est� a cargo do STF. Houve um acordo para os ind�genas aguardarem o julgamento do recurso numa �rea de cerca de 100 hectares, mas a demora na resposta fez com que os �ndios ocupassem as propriedades na semana passada.
Fonte: campograndenews
Por: Aline dos Santos e Leonardo Rocha
Link original: http://www.campograndenews.com.br/politica/tropas-federais-vao-a-antonio-joao-para-garantir-paz-antes-do-dialogo
