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| Fazendas Barra e Fronteira foram retomadas por propriet�rios (Foto: Marcos Erm�nio) |
Propriet�rios ficaram surpresos e incomodados com visita de procuradores do MPF (Minist�rio P�blico Federal) e um agente da Funai (Funda��o Nacional do �ndio) � Fazenda Barra, em Ant�nio Jo�o, a 279 quil�metros de Campo Grande. A propriedade � uma das cinco que foram ocupadas por ind�genas Guarani Kaiow�, em agosto deste ano. Esta, no entanto, � uma das duas que foram retomadas pelos fazendeiros dias depois.
Ap�s a visita dos procuradores, ontem (14) as 17h, a propriet�ria, Roseli Maria Ruiz, registrou boletim de ocorr�ncia como preserva��o de direito, ou seja, se resguardando de qualquer evento futuro que possa prejudic�-la. Ela conta que os homens demoraram cerca de 50 minutos no local, observando e fazendo fotografias.
Conforme o registro, o esposo de Roseli, Pio Queiroz Silva, identificou os procuradores federais como Marco Ant�nio Delfino, que atua em Dourados e Pael, fazendo refer�ncia a Ricardo Pael Ardenghi, do MPF em Ponta Por�. Conforme a propriet�ria, os procuradores informaram que estavam ali apenas para verificar se houve algum dano na fazenda e levantar o valor de poss�veis preju�zos causados pelos �ndios para uma futura indeniza��o. O caso gerou incomodo porque a visita n�o foi informada, segundo Roseli.
Lit�gio � As fazendas Barra, Fronteira Pequiri, Cedro e Primavera foram ocupadas por ind�genas em agosto, mas duas delas foram retomadas pelos fazendeiros, a Barra e a Fronteira. Neste confronto morreu o �ndio Semi�o Fernandes Vilhalva, 24 anos. Ele foi baleado na cabe�a e enterrado pr�ximo a moradia do caseiro da fazenda Fronteira.
Os �ndios permanecem em tr�s propriedades, mas a Justi�a j� autorizou o despejo das fam�lias. Ontem (14), o presidente do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3� Regi�o), desembargador federal F�bio Prieto, manteve a liminar concedida pela 1� Vara Federal de Ponta Por�, que determinou a desocupa��o das propriedades. Ele ignorou argumento da Funai (Funda��o Nacional do �ndio) de que os �ndios n�o est�o dispostos a sair e garantem que permanecer�o no local at� a morte.
A Justi�a Federal de Ponta Por� concedeu liminarmente a reintegra��o de posse das fazendas por entender que ao ocupar mais de 300 hectares em Ant�nio Jo�o, os �ndios descumpriram acordo judicial feito em 2006, que estabeleceu a perman�ncia na �rea de 30 hectares que j� ocupavam.
Fonte: campograndenews
Por: Caroline Maldonado
Link original: http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/visita-de-mpf-e-funai-a-fazenda-incomoda-e-proprietaria-procura-policia
