CRISE NA SAÚDE: ESPERA POR VAGA COLOCA VIDA EM RISCO
Paciente com suspeita de AVC e infarto espera vaga em hospital em Campo Grande
Família recorre à Defensoria Pública diante da demora na transferência de paciente na UPA; situação evidencia desafios do sistema de saúde da capital
10/11/2025
09:00
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Paciente com suspeita de AVC e infarto aguarda transferência em UPA de Campo Grande. Familiares recorreram à Defensoria Pública para tentar agilizar o atendimento. @DIVULGAÇÃO PESSOAL
Um paciente está há cinco dias internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campo Grande, com suspeita de AVC e infarto, aguardando uma vaga para transferência a um hospital especializado. A demora preocupa familiares e profissionais de saúde, que denunciam a sobrecarga do sistema público e a falta de leitos de alta complexidade na capital sul-mato-grossense.
Segundo a equipe médica, o quadro do paciente exige atendimento em unidade hospitalar com suporte completo para neurologia e cardiologia, mas a transferência não ocorre devido à escassez de vagas na rede estadual e privada conveniada ao SUS.
Diante da situação, a médica responsável orientou a família a entrar com um pedido na Defensoria Pública, buscando agilizar a transferência do paciente e garantir o atendimento adequado.
“É angustiante ver o quadro do paciente se agravando, enquanto aguardamos uma vaga que não chega. Precisamos de medidas emergenciais para garantir o direito à saúde”, afirmou um familiar, que prefere não se identificar.
A situação do paciente ilustra uma realidade recorrente em Campo Grande, onde UPAs funcionam como hospitais de retaguarda, atendendo casos que deveriam ser direcionados para unidades de alta complexidade.
Especialistas alertam que o atraso na transferência pode agravar complicações neurológicas e cardíacas, aumentando o risco de sequelas permanentes ou até morte. Além disso, revela problemas estruturais e de gestão no SUS, como falta de leitos, carência de profissionais especializados e demora na regulação hospitalar.
O caso também levanta a discussão sobre direito constitucional à saúde, já que pacientes graves têm prioridade para atendimento imediato. A Defensoria Pública pode intervir judicialmente para garantir a transferência, mas especialistas afirmam que a solução definitiva passa pelo fortalecimento da rede de atenção e pelo planejamento de recursos hospitalares na capital e no interior do Estado.
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