Nesta semana, o Brasil e o mundo relembram duas datas de grande relevância para os direitos humanos: o Dia Nacional da Adoção, celebrado no dia 25 de maio, e o quinto aniversário do assassinato de George Floyd, um caso que mobilizou globalmente a luta contra o racismo e a violência policial.

No país, o Dia Nacional da Adoção, instituído em 1996, serve para chamar a atenção da sociedade para o número expressivo de crianças e adolescentes que aguardam um lar. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento mostram que quase 3.800 jovens estão disponíveis para adoção, enquanto mais de 46 mil pretendentes estão cadastrados para realizar o processo.

Apesar desse aparente equilíbrio, o perfil das crianças abrigadas e das preferências dos adotantes revela um problema estrutural: a maioria das famílias cadastradas prefere meninas, brancas e com menos de dois anos. Por outro lado, a maioria das crianças que aguardam adoção são pardas, pretas e mais velhas, o que causa um descompasso difícil de ser superado e evidencia preconceitos ainda presentes no sistema.

Enquanto isso, no cenário internacional, o 25 de maio também marca cinco anos do assassinato de George Floyd, ocorrido em 2020, nos Estados Unidos. Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu sufocado após um policial branco pressionar seu joelho contra seu pescoço por quase nove minutos durante uma abordagem. O crime provocou protestos massivos e deu origem ao movimento “Black Lives Matter”, que denuncia o racismo estrutural e a violência policial contra pessoas negras.

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Esses dois marcos – a luta por uma adoção mais justa e o combate ao racismo – destacam a importância de políticas públicas que promovam a equidade e o respeito aos direitos humanos. Enquanto o Brasil encara desafios na inclusão de crianças negras e mais velhas no sistema de adoção, o mundo ainda luta para erradicar práticas racistas que ameaçam vidas e dignidade.

Em resumo, o 25 de maio convida à reflexão e à ação: ampliar a conscientização sobre a adoção responsável e enfrentar o racismo estrutural são passos fundamentais para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.