POLÍCIA
Perícia detecta arsênio em urinas de marido, filho e sogra de suspeita de triplo homicídio em Torres, RS; polícia investiga cronologia das mortes
21/01/2025
14:00
REDAÇÃO
@Divulgação
A investigação sobre o caso do "bolo envenenado" em Torres, no Rio Grande do Sul, ganhou novos desdobramentos com a descoberta de arsênio na urina de várias pessoas envolvidas. A perícia identificou a substância tóxica na urina de Diego Silva dos Anjos, marido de Deise Moura dos Anjos, de seu filho de 9 anos e também de sua sogra, Zeli dos Anjos, que foi uma das vítimas fatais do envenenamento. As amostras foram coletadas no dia 14 de janeiro de 2025 e encaminhadas ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para análise.
A polícia está investigando a cronologia dos envenenamentos, tentando descobrir quando o arsênio foi ingerido pelas vítimas, questionando se a substância foi consumida antes ou depois da morte do sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos. O homem, que também foi envenenado, faleceu em setembro de 2024, três meses antes do incidente com o bolo de Natal que vitimou sua esposa, Zeli, e o filho do casal.
Deise Moura dos Anjos, que é considerada a principal suspeita pelo triplo homicídio, está presa temporariamente desde o dia 5 de janeiro de 2025. As investigações apontam que ela tinha um histórico de desavenças familiares, com a sogra Zeli sendo possivelmente o alvo principal da suspeita. Deise teria planejado envenenar a família após uma série de conflitos, e o uso de arsênio, uma substância altamente tóxica, pode indicar um método premeditado e cruel.
A operação, nomeada "Acqua Toffana", foi iniciada para apurar o envolvimento de Deise nas mortes de seus familiares. O nome da operação faz referência ao veneno utilizado por mulheres na Europa, durante o século XVII, para se livrarem de maridos abusivos e opressores. A polícia busca entender se as mortes foram cometidas em série e qual foi a motivação exata de Deise, que, até o momento, não forneceu uma explicação convincente sobre os acontecimentos.
O caso gerou comoção e preocupação na cidade de Torres, onde a investigação segue em ritmo acelerado. A polícia tenta descobrir mais detalhes sobre a relação entre Deise e as vítimas, além de esclarecer se o envenenamento com arsênio foi parte de um plano mais amplo ou um crime isolado. Além disso, as autoridades estão aprofundando as investigações sobre a possibilidade de a substância ter sido ingerida por outras pessoas, uma vez que o arsênio pode ter sido utilizado de forma silenciosa, sem levantar suspeitas imediatas.
Com o caso ainda em andamento, a população local e a imprensa aguardam mais informações sobre o desfecho dessa trágica história de envenenamento e vingança familiar.
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