Washington, 20 de janeiro de 2025 – Donald Trump assumiu hoje como o 47º presidente dos Estados Unidos, após superar diversos desafios, incluindo pedidos de impeachment, uma condenação criminal e uma tentativa de assassinato. Em seu segundo mandato, Trump retorna à Casa Branca com um discurso radical, prometendo uma nova "era de ouro" para os EUA e uma série de reformas que visam remodelar o país, com um foco principal no fortalecimento de sua base conservadora e nas políticas de imigração.

A cerimônia de posse

O evento contou com a presença de várias figuras internacionais e bilionários do setor de tecnologia, como Jeff Bezos (Amazon) e Elon Musk (X, ex-Twitter), além de líderes populistas, como o presidente da Argentina, Javier Milei, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi impedido de participar devido a questões legais relacionadas à retenção de seu passaporte, mas sua esposa, Michelle Bolsonaro, esteve presente para representá-lo.

Primeiras ações de Trump

Em seu primeiro dia no cargo, Trump anunciou uma série de medidas anti-imigração, que incluem a assinatura de ordens executivas para endurecer o controle sobre a fronteira e intensificar a deportação de imigrantes. Trump também prometeu devolver o controle do Canal do Panamá aos Estados Unidos, algo que ele reiterou com fortes críticas ao Panamá por não cumprir acordos estabelecidos com os EUA no passado. Além disso, anunciou planos para mudar o nome de certos locais, como o Monte McKinley, no Alasca, e o Golfo do México, que ele pretende renomear como "Golfo da América".

Discurso de Posse: Um Retorno ao Nacionalismo

Trump encerrou seu discurso com um tom de campanha, prometendo uma transformação radical para o país. "Nos últimos anos, nossa nação sofreu muito, mas vamos trazê-la de volta e torná-la grande novamente, maior do que nunca. Seremos uma nação como nenhuma outra, cheia de compaixão, coragem e excepcionalismo", afirmou. Ele também se comprometeu a acabar com todas as guerras e restaurar a posição de respeito dos Estados Unidos no cenário internacional.

Trump reafirmou seu compromisso de "unificar" o país e falou sobre um futuro de "prosperidade, orgulho e força". O republicano ainda expressou sua intenção de avançar com uma "revolução do bom senso" que traria a "restauração completa da América".

Enfoque na imigração e segurança nacional

Trump destacou as medidas que tomará para reforçar a segurança na fronteira com o México, incluindo a mobilização de tropas para "repelir a desastrosa invasão de nosso país" e a aplicação mais rigorosa da lei contra as gangues estrangeiras que, segundo ele, trazem crimes devastadores para o território dos EUA.

Ele também anunciou que invocará a Lei dos Inimigos Estrangeiros de 1798 para dar ao governo poderes mais amplos no combate ao crime organizado transnacional e na eliminação das redes criminosas que, segundo Trump, têm agido sem controle nas grandes cidades americanas.

Reações e expectativas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, parabenizou Trump pela posse, destacando a importância das relações entre os dois países e expressando confiança no avanço das parcerias nas áreas de comércio, ciência, educação e cultura.

Com um cenário político favorável aos republicanos no Congresso, espera-se que Trump continue com sua agenda agressiva, especialmente em relação à segurança nas fronteiras, energia e comércio internacional, com possíveis impactos na política externa e no sistema imigratório dos Estados Unidos.

O segundo mandato de Trump começa com a promessa de implementar um pacote de reformas de grande alcance, colocando o país em uma nova trajetória, enquanto o mundo observa atentamente os primeiros passos do presidente mais polarizador da história recente dos EUA.