DAKILA PESQUISAS
Dakila impulsiona o Caminho de Peabiru com parcerias estratégicas para geração de emprego, renda e conhecimento
07/12/2024
09:30
REDAÇÃO
Na região de Joinville, SC, a pesquisa conduzida pelo Dakila Pesquisas investiga vestígios de antigas civilizações ao longo do Caminho de Peabiru, uma histórica rota indígena que conecta diversas culturas e territórios do Brasil.
No dia 21 de junho de 2024, a Associação Dakila Pesquisa firmou um Protocolo de Intenções com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, para o desenvolvimento e a valorização do Caminho de Peabiru. O evento foi realizado na cidade de Juquitiba, no Recanto Peabiru, e contou com a presença de Roberto de Lucena, secretário estadual de Turismo, e Urandir Fernandes de Oliveira, CEO da Dakila. O objetivo principal dessa parceria é revitalizar e promover a histórica rota, conhecida por ligar o litoral brasileiro ao Oceano Pacífico no Peru, e potencializar os benefícios para o turismo e a economia local.
O Caminho de Peabiru é uma das mais antigas e significativas rotas de comércio e integração entre povos indígenas no continente sul-americano. Com mais de 3.000 quilômetros de extensão, a trilha atravessa o Brasil, passando por estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, e chegando à Bolívia e ao Peru. Durante séculos, o caminho foi usado por diversas etnias indígenas para intercâmbio comercial e cultural, além de possuir grande relevância religiosa, já que muitos povos o utilizavam como parte de rituais ligados ao ciclo solar e à via láctea.
Além de seu valor histórico, o Caminho de Peabiru tem um grande potencial para se tornar um polo turístico, científico e cultural, com a possibilidade de impulsionar novas oportunidades econômicas para as regiões por onde passa.
Com o objetivo de expandir a pesquisa e promover a reconstituição do mapa do Caminho de Peabiru, a Associação Dakila Pesquisa tem avançado nas negociações com diversos estados, incluindo São Paulo, Paraná, Santa Catarina e, futuramente, Mato Grosso do Sul. A assinatura do protocolo com o Estado de São Paulo é um marco, que visa fortalecer as ações de pesquisa, a preservação histórica e, ao mesmo tempo, criar mecanismos para a geração de emprego e renda nas regiões onde o caminho atravessa.
Urandir Fernandes de Oliveira, CEO da Dakila, destacou a importância dessas parcerias para a realização do trabalho de pesquisa, que já ocorre há mais de duas décadas. “Nosso objetivo não é apenas pesquisar, mas também criar oportunidades para a população local. Com essas parcerias, vamos gerar empregos para guias turísticos, turismólogos, comerciantes, e também abrir portas para empresas de turismo, pousadas e hotelaria”, afirmou Oliveira.
As parcerias com os governos estaduais não se limitam à pesquisa histórica, mas também se estendem à criação de novos fluxos econômicos e possibilidades de desenvolvimento regional. A ideia é que o Caminho de Peabiru se torne um destino turístico internacional, onde turistas de todo o mundo possam percorrer a rota histórica e experimentar a rica cultura dos povos indígenas que habitaram essa região. Isso inclui a criação de infraestruturas turísticas, como trilhas, centros de interpretação e espaços para a promoção da cultura local.
Além disso, a associação Dakila está utilizando tecnologias de ponta, como o LIDAR, para realizar mapeamentos detalhados do terreno, incluindo investigações subterrâneas, o que tem possibilitado a descoberta de vestígios arqueológicos valiosos, como artefatos históricos e ruínas de antigos entrepostos comerciais. Essas descobertas, além de fortalecerem a importância do Caminho de Peabiru no contexto histórico e cultural da região, também abrem novas perspectivas para o desenvolvimento do turismo arqueológico e científico.
A rota histórica não só conecta o litoral paulista ao Oceano Pacífico, mas também atravessa diversas regiões com grande valor histórico e cultural. Começando em São Vicente, no litoral de São Paulo, o caminho atravessa a cidade de São Paulo, o interior paulista, e segue até o Paraná, passando por cidades como Sorocaba, Botucatu e Cananéia, além de seguir pelo litoral de Santa Catarina até o Rio Itapocu. A partir daí, o trajeto segue para Foz do Iguaçu, atravessa o Paraguai e chega à Bolívia, seguindo até o Peru.
Historicamente, essa rota também foi utilizada pelos europeus durante a colonização, na busca por ouro e prata, e desempenhou papel essencial na expansão territorial dos países sul-americanos. A atual pesquisa da Dakila revela que, além de sua importância na história local, o Caminho de Peabiru pode ter influências globais, estendendo-se para territórios da Europa, com conexões que vão além das fronteiras do continente.
Com a implementação das parcerias e o avanço nas investigações, o Caminho de Peabiru está se posicionando como um atrativo turístico e científico de grande relevância para o Brasil e para o mundo. A proposta de Dakila não se limita à recuperação de um patrimônio histórico, mas também envolve um projeto de sustentabilidade para as comunidades locais, com a criação de novos empregos e oportunidades de negócios que beneficiarão diversos setores, como turismo, comércio e serviços.
A associação também trabalha na ideia de criar uma rede de conhecimento envolvendo acadêmicos, arqueólogos, geólogos e outros especialistas, além de profissionais das áreas de turismo e gestão, para transformar o Caminho de Peabiru em um legado vivo, que une história, ciência e desenvolvimento econômico, com potencial de impacto positivo por toda a região.
Com isso, o Caminho de Peabiru caminha para se tornar uma das mais importantes rotas culturais e turísticas do Brasil, promovendo o resgate da história indígena e contribuindo para a sustentabilidade e o crescimento econômico das regiões por onde passa.
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