ESCOBAR BRASILEIRO
Ex-major Carvalho é preso na Hungria com documento falso
A saga dele já tinha marcas do crime em MS na década de 80, quando foi parar no radar da PF
21/06/2022
09:55
CAMPOGRANDENEWS
ALINE DOS SANTOS
Ex-major Carvalho (ao centro) durante julgamento em Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Conhecido como “Escobar brasileiro”, o ex-major da PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, foi preso na Hungria. De acordo com a CNN Portugal, ele foi flagrado com documentos falsos. Em novembro de 2019, o ex-policial fugiu do cerco da PF (Polícia Federal) na operação Enterprise e chamou a atenção por ter até uma versão “morto-vivo”.
De filho de donos de lanchonete em Campo Grande a apontado como líder de organização criminosa capaz de exportar 45 toneladas de cocaína (equivalente a R$ 2,2 bilhões), Carvalho é comparado ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar.
A saga do ex-major já tinha marcas na década de 80, quando foi parar no radar da PF por contrabando de pneus do Paraguai. A primeira prisão foi em 1997, com uma carga de 237 quilos de cocaína, numa fazenda de Rio Verde de Mato Grosso. Em 2007 e 2009, quando já cumpria pena em regime semiaberto, voltou a ser preso por envolvimento em jogos de azar, alvo das operações Xeque-Mate e Las Vegas.
No ano de 2010, virou notícia durante a Operação Vitruviano, que apurou fraude ao espólio de um homem que morreu sem deixar herdeiros, mas com patrimônio de R$ 100 milhões. A expulsão da PM (Polícia Militar) só veio em 7 de março de 2018, mas ainda trava uma briga judicial com o governo de Mato Grosso do Sul para receber R$ 1,3 milhão de aposentadorias.
Deflagrada em novembro de 2019, a operação Enterprise também teve como alvo Lucimara Carvalho, 55 anos, irmã do ex-major. Quando adolescente, ela ajudava os pais na lanchonete de duas portas, balcão grande e poucas cadeiras na Rua 13 de Maio, perto do então Colégio Latino Americano.
Morto-vivo – Para fugir da polícia, Carvalho criou até uma segunda identidade na Europa – batizada de Paul Wouter. Depois da investigação, a defesa de Wouter apresentou certidão de óbito por covid-19, sendo o corpo cremado, portanto sem condições de análise de DNA dos restos mortais para confirmar a identidade.
Na dúvida, o governo de MS suspendeu o pagamento da aposentadoria de R$ 11 mil até que Carvalho faça prova de vida.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta médica especialista
Leia Mais
Deputados votam proposta que autoriza MSGÁS a ampliar limite de financiamento para R$ 350 milhões
Leia Mais
Mato Grosso do Sul participa do maior evento esportivo estudantil do país
Leia Mais
EXPORÃ 2025 conta com apoio da Câmara de Vereadores de Ponta Porã
Municípios