Desvio de R$ 1 milh�o investigado na Opera��o Midas foi descoberto durante fiscaliza��o da CGU, ap�s sorteio
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Promotores e delegados da PF durante entrevista coletiva, em Ponta Por� (Foto: Ti�o Prado) |
Duas empresas que vendem g�neros aliment�cios em Ponta Por� foram usadas no esquema que desviou pelo menos R$ 1 milh�o em verba da merenda escolar no munic�pio de Paranhos, a 469 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
A fraude envolvendo processos de licita��o foi montada por um contador que trabalhava para a prefeitura daquela cidade e para as duas empresas.
O contador � uma das pessoas investigadas na Opera��o Toque de Midas, desencadeada nesta ter�a-feira (4) em uma for�a-tarefa envolvendo o Grupo Especial de Combate � Corrup��o do Minist�rio P�blico de Mato Grosso do Sul, a Pol�cia Federal, o MPF (Minist�rio P�blico Federal) e a CGU (Controladoria Geral da Uni�o).
Durante entrevista coletiva para falar sobre a opera��o, realizada no quartel do Ex�rcito em Ponta Por�, promotores e delegados informaram que a fraude come�ou a ser descoberta durante uma fiscaliza��o rotineira da CGU no munic�pio de Paranhos, feita ap�s sorteio. Os nomes dos envolvidos n�o foram divulgados.
De acordo com a for�a-tarefa, a organiza��o criminosa especializada em desviar recursos p�blicos e fraudar licita��es tinha a coniv�ncia e participa��o de servidores p�blicos de Paranhos.
Apuramos que durante as buscas, hoje de manh�, os policiais e promotores foram na sede da prefeitura e em uma padaria da cidade, mas os detalhes do trabalho n�o foram revelados.
As irregularidades investigadas teriam ocorrido na administra��o do ex-prefeito J�lio C�sar de Souza (PDT), que entregou o cargo em janeiro deste ano para Dirceu Betoni (PSDB). A for�a-tarefa n�o revelou, entretanto, se o ex-prefeito tamb�m � investigado. Ele foi procurado pela reportagem, mas n�o se manifestou.
A for�a-tarefa informou na coletiva que os oito mandados de busca e apreens�o e um de condu��o coercitiva foram cumpridos e que agora o trabalho se concentra na per�cia de documentos e arquivos de computador apreendidos.
O esquema
De acordo com a PF e o MP, as investiga��es revelaram montagem e manipula��o de documenta��o em licita��es e a pr�tica do chamado sobrepre�o.
Foram usadas certid�es e assinaturas falsas com a manipula��o de informa��es em procedimentos licitat�rios para compra de alimentos com recursos do PNAE (Programa Nacional de Alimenta��o Escolar) e contrapartida municipal. Entretanto, boa parte do recurso teria sido desviada.
A for�a-tarefa tamb�m sequestrou hoje pelo menos R$ 400 mil das contas da padaria de Paranhos e das duas empresas de Ponta Por�. Os mandados foram expedidos pelas justi�as federal e estadual e cumpridos por 50 policiais federais e servidores da CGU. (Colaborou Ti�o Prado, de Ponta Por�)
Fonte: campograndenews
Por: Helio de Freitas, de Dourados