CAPITAL / ARQUITETURA E BEM ESTAR
Neuroarquitetura: bem-estar como pilar dos novos empreendimentos
Abordagem que alia arquitetura e neurociência já inspira projetos em Campo Grande
25/07/2025
09:05
ASSECOM
@DIVULGAÇÃO
Muito mais do que estética, a forma como um espaço é projetado pode impactar diretamente a saúde física e mental. Essa é a premissa da neuroarquitetura, abordagem inovadora que une os campos da arquitetura e da neurociência para criar ambientes que influenciam positivamente o comportamento, as emoções e a qualidade de vida das pessoas. E essa realidade já está presente em Campo Grande (MS).
Segundo o arquiteto e urbanista Lorí Crízel, presidente da ANFA no Brasil (Academy of Neuroscience for Architecture), a neuroarquitetura é a ponte entre o design de ambientes e as descobertas mais recentes sobre o impacto dos espaços na mente humana. “Trata-se de projetar espaços que vão além das funções técnicas ou estéticas, gerando experiências que promovem saúde, conforto, produtividade e qualidade de vida”, explica.
A forma como a luz natural entra no ambiente, a presença da natureza no entorno, a escolha de texturas e materiais e até o percurso interno de um espaço têm o poder de ativar áreas cerebrais associadas à sensação de segurança, conforto, relaxamento ou, em contrapartida, de alerta e estresse. Por isso, para o mercado imobiliário, aplicar esses princípios é mais do que um diferencial – é uma postura alinhada às principais demandas da sociedade por bem-estar e qualidade de vida.
“Quando incorporamos a neuroarquitetura aos projetos, estamos dizendo: ‘Eu entendo de pessoas’. E quanto mais entendermos de pessoas, mais entenderemos sobre projetos. Este olhar humanizado, baseado em evidências, posiciona o mercado imobiliário na vanguarda da Construção 5.0 – uma nova era que integra inovação, urbanismo e saúde pública”, reforça Crízel.
Em um mercado cada vez mais competitivo, essa abordagem oferece uma vantagem significativa: diferencia os empreendimentos por entregar não apenas um projeto bonito, mas um espaço qualificado, funcional e com impacto positivo real no cotidiano das pessoas.
Aplicação prática: Horizont e Infinit
Esse compromisso com o bem-estar é uma das premissas da Plaenge, que adotou os conceitos da neuroarquitetura no projeto paisagístico do Horizont e Infinit, em Campo Grande. Para o arquiteto e urbanista Renato Facchinetti Conde, o projeto traduz essa abordagem em soluções concretas e sensíveis à experiência dos moradores.
“O projeto foi pensado de forma holística, da escala da cidade ao detalhe dos acabamentos”, explica. Um dos primeiros passos foi a definição da implantação das torres, desenhadas com orientação leste-oeste e desalinhadas entre si, o que permite maximizar a vista para o Parque das Nações Indígenas e, ao mesmo tempo, minimizar a incidência solar direta nas fachadas. “Isso proporciona conforto térmico e maior conexão visual com a natureza, impactando positivamente quem observa essas vistas.”
O projeto urbano também foi cuidadosamente planejado para oferecer experiências sensoriais desde a chegada: as entradas das torres são voltadas para uma praça central – o Park HI – que funcionará como uma área verde de transição, repleta de espécies nativas de grande porte. “O percurso pelo jardim proporciona sensação de bem-estar sempre que se entra ou sai do conjunto, além de aproximar os moradores da flora e da avifauna locais”, destaca.
Além disso, os princípios da neuroarquitetura orientaram as escolhas de iluminação, cores, texturas e paisagismo em todo o projeto:
Iluminação: A luz natural, por conta da orientação das torres e do sombreamento da vegetação, entra de forma mais indireta nas unidades, o que evita o ofuscamento e favorece o conforto visual. À noite, a iluminação artificial no térreo é sutil, voltada apenas para os caminhos, preservando o ritmo natural do corpo humano.
Cores e texturas: Os acabamentos adotam tons sóbrios e texturas discretas e rugosas, que estimulam o tato e criam interesse visual sem gerar estímulo excessivo. Cores frias ajudam a induzir a calma, contribuindo para o relaxamento dos moradores.
Paisagismo sensorial: A densidade de plantas e elementos naturais conecta os moradores à natureza. As espécies vegetais selecionadas não apenas proporcionam sombreamento e frescor, mas também ajudam a absorver ruídos externos e produzem sons naturais, como o farfalhar das folhas e o canto de pássaros – um recurso natural que melhora a acústica e favorece a concentração e o descanso.
Para Conde, a neuroarquitetura é uma aliada indispensável na concepção de projetos mais humanos. “Buscamos criar espaços agradáveis e funcionais, que promovam a saúde, o bem-estar e o conforto de quem vive e convive ali. Essa é, sem dúvida, uma das grandes direções do futuro da arquitetura.”
Sobre a Plaenge
Com 55 anos de história, a Plaenge é sinônimo de tradição, eficiência e confiança. Maior construtora do sul do Brasil, atua em nove cidades brasileiras e em três no Chile, com forte presença no segmento de alto padrão. Já são mais de 8 milhões de metros quadrados construídos e 500 empreendimentos entregues, conquistando a confiança de mais de 120 mil clientes. Saiba mais em: www.plaenge.com.br.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
BR-163/MS tem trechos com obras nesta sexta-feira (25); atenção para pare-e-siga e desvios
Leia Mais
Do sagrado ao aconchegante: a milenar história do chocolate quente ganha nova vida na cozinha brasileira
Leia Mais
Pesquisa brasileira detecta microplásticos em placentas e cordões umbilicais
Leia Mais
Sebrae lança “Movimento de Rua” para fortalecer comércios em Campo Grande
Municípios