SAÚDE & BEM-ESTAR
Adolescente morre no DF com lesão pulmonar grave após uso de cigarro eletrônico
Menina de 15 anos escondeu dos pais e médicos que fazia uso de vape; quadro se agravou e ela não resistiu
02/06/2025
08:36
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Cigarros eletrônicos, também chamados de vapes ou pods, têm sido associados a casos graves de lesões pulmonares, especialmente entre adolescentes. @Ilustrativa
Uma adolescente de 15 anos morreu na noite de quarta-feira (28), no Distrito Federal, com diagnóstico de EVALI (Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Produtos de Vaping ou Cigarro Eletrônico). A jovem estava internada em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), após ter sido transferida do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a adolescente apresentava quadro de tosse persistente há pelo menos quatro meses, mas só revelou o uso de cigarro eletrônico — conhecido como vape ou pod — durante a última internação. A família desconhecia o vício.
De acordo com a médica Maria Enedina Scuarcialupi, da SBPT, a adolescente admitiu que utilizava o cigarro eletrônico havia mais de três meses. “É uma menina que já estava sendo acompanhada por médicos. Quando foi internada, relatou o uso do vape. A família, até então, não sabia de nada”, afirmou.
A jovem havia dado entrada no Hospital Cidade do Sol, em Ceilândia, no dia 18 de maio, vinda da UTI do Hospital Materno Infantil de Brasília. Ela foi diagnosticada com pneumonia comunitária, infecção por Influenza A e lesão pulmonar provocada por uso de cigarro eletrônico.
O quadro clínico se agravou rapidamente, e, mesmo com suporte médico intensivo, a adolescente não resistiu.
O que é EVALI?
EVALI é uma sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos de vaping, como cigarros eletrônicos. A condição, identificada por órgãos de saúde desde 2019, causa inflamações severas nos pulmões. Os sintomas incluem tosse persistente, dor no peito, febre, falta de ar, náuseas e perda de peso. Casos graves podem levar à falência respiratória.
Mesmo com a comercialização proibida no Brasil desde 2009, os cigarros eletrônicos são facilmente encontrados, principalmente entre adolescentes. O consumo é frequentemente disfarçado e, como no caso da jovem, os sintomas são tratados sem o conhecimento do real fator causador.
Alerta à sociedade
A morte reacende o alerta para pais, escolas e autoridades sobre o uso crescente de cigarros eletrônicos por jovens. A SBPT reforça que mesmo os dispositivos sem nicotina apresentam riscos elevados à saúde pulmonar, devido à presença de substâncias químicas tóxicas nos líquidos vaporizados.
“Esse caso mostra que é preciso conversar com os filhos, observar mudanças na saúde e comportamento, e reforçar que vapes não são seguros”, destacou a médica pneumologista.
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