Em cada corredor do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), pulsa mais do que atendimento de excelência e tecnologia de ponta: pulsa amor — especialmente o amor de mãe. Nesta semana em que é celebrado o Dia das Mães, o hospital prestou homenagem a mulheres cuja entrega ultrapassa os limites da maternidade tradicional, tornando-se um elo essencial no cuidado à vida.

Entre essas histórias inspiradoras está a da servidora Iracema Martins Correa Pistorio, de 60 anos, que trabalha ao lado do filho, Domingos Sávio Correa Pistorio, de 43 anos, e agora acompanha com orgulho a entrada do neto na área da saúde. Iracema entrou no HRMS há 21 anos, após ser aprovada em concurso público que fez com um único objetivo: incentivar o filho a estudar e seguir um caminho profissional.

“Naquela época, eu trabalhava em uma creche e gostava muito. Fiz o concurso para incentivá-lo, sem intenção de trabalhar no hospital”, conta Iracema.

O estímulo deu certo. Mãe e filho foram aprovados, e Domingos decidiu ficar em Campo Grande, contrariando o plano inicial de mudar-se para Porto Velho (RO). “Foi o conselho da minha mãe que me fez mudar de ideia”, relembra.

Após um período fora, em que deixou o hospital para ajudar o irmão em um negócio da família, Domingos retornou ao HRMS durante a pandemia, inicialmente como contratado. Em 2024, voltou a ser aprovado em concurso público e hoje atua no setor de Compras. Iracema continua no SAME (Serviço de Arquivamento Médico), onde atende pacientes em busca de exames e prontuários.

“É bom saber que uma parte da família está por perto”, resume Domingos. “Para eles também é bom saber que estamos aqui.”

Iracema comemora mais um Dia das Mães com alegria. “Adoro comemoração, mas o Dia das Mães é mais especial ainda”, afirma, com brilho nos olhos.

Mãe, estrada e esperança

Outra história que emociona é a da jovem mãe Guaracyara Nascimento dos Santos, 32 anos, mais conhecida como Guará. Ela percorre, quatro vezes por semana, quase 300 quilômetros por dia entre Aquidauana e Campo Grande — são mais de mil quilômetros semanais — em busca de tratamento para a filha caçula, Eloah Vitória, de apenas um ano.

Eloah nasceu prematura e ficou 30 dias internada no HRMS. Desde a alta, ela é acompanhada por uma equipe multidisciplinar com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, gastroenterologista pediátrico e pediatra. Aos nove meses, veio o diagnóstico de paralisia cerebral — e, junto com ele, ainda mais força para a mãe.

“Só o amor de mãe é capaz de fazer uma pessoa viver pela outra. Se eu não lutar por ela, pode não andar”, conta Guará. “Ver a minha filha ficando em pé hoje é a recompensa de todo o meu trabalho. Tenho um sentimento de gratidão por isso.”

O HRMS é referência em atendimento de gestantes de alto risco e acompanhou Guará desde o pré-natal, já que ela tem trombofilia. Hoje, com apoio do hospital e da família, Guará se dedica integralmente à recuperação da filha, sem deixar de cuidar dos outros dois filhos, Luis Otávio (9 anos) e Liz Helena (5 anos).

“Graças a Deus, tenho uma rede de apoio e um marido que me ajuda muito. Mas quando chego em casa, me dedico a eles também. Hoje em dia, somos só felicidade e vamos ver a Eloah andar”, afirma com otimismo.

Amor que transforma

Essas histórias ilustram como o amor de mãe transforma, move e supera obstáculos — e como o HRMS é parte dessa jornada. Para a direção e os profissionais da instituição, reconhecer essas trajetórias é uma forma de celebrar não apenas o Dia das Mães, mas o compromisso diário com a vida.