ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Gleice questiona repressão e se solidariza com deputada: “não interrompam nossa luta”
15/04/2025
12:25
ASSECOM
A líder do PT na Casa disse ainda que, ao prestar a solidariedade, estende a todos os povos indígenas que estiveram presentes no dia de protesto
Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), a deputada Gleice Jane (PT) se solidarizou com a deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG), que pede investigação contra a violência policial sofrida na marcha dos povos indígenas em Brasília, em que teria sido atingida por spray de pimenta e bombas de efeito moral.
“Eu estive no Festival Mel - Mulheres em Luta, organizado pelo Instituto E se fosse você?, em que estiveram presentes vários movimentos sociais e nesse evento tivemos um depoimento da deputada Celia Xacriabá, vítima de violência, enquanto acompanhava os povos indígenas, na luta por seus territórios e foi duramente atacada, de forma racista inclusive. Ou seja, se a luta for por terra indígena a polícia ataca, mas no 8 de janeiro a polícia não conteve esse movimento, o que mostra para a gente que tem um movimento muito forte de opressão, até mesmo às mulheres do Legislativo, inclusive, que representam o movimento indígena”, criticou a deputada.
A líder do PT na Casa disse ainda que, ao prestar a solidariedade, estende a todos os povos indígenas que estiveram presentes no dia de protesto, que lutam por esse movimento e que “são duramente atacados, como também aqui em Mato Grosso do Sul”. “Se é pobre, se é indígena, é assim que se recebe. E nesse movimento a gente percebe, então, a necessidade de fazer um debate sobre a democracia, que inclua as mulheres, os povos e não impeçam as mulheres de falar o que realmente precisa, que não interrompam nossa luta. Se vai mexer com uma, mexe com todas, porque nós não vamos nos calar e silenciar diante desses ataques, que desrespeita as vidas”, destacou Gleice.
Mais cedo, no pequeno expediente, a deputada havia rebatido pedido de demissão de servidor que desejou a morte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que precisa ter uma política que olhe com o olhar de humanização. “Desejar a morte não é algo que a gente concorde, mas, recentemente, tivemos o senador que disse publicamente que queria enforcar a ministra Marina Silva, isso é também uma pauta bastante agressiva contra uma mulher. Outro deputado desejou a morte do presidente Lula [PT]. Tivemos processo de golpe contra a [ex-]presidente Dilma [PT], extremamente misógino e sabemos que a misoginia também interfere na vida de todas as mulheres. E sem contar que Bolsonaro está colocado como o mentor de golpe, que planejava matar o atual presidente. Se queremos política séria, temos que pedir a cassação de todos que pediram as mortes, incluindo os que pediram ao PT”, comparou.
No mesmo âmbito, a deputada pontuou o uso das palavras trans e bi no plenário da ALEMS e disse que, por isso dizer respeito sobre a sexualidade das pessoas, nada mais é que a perpetuação do discurso de ódio. “Quando a gente planta ódio, a gente não colhe amor”, concluiu.
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