O câncer de pele é uma das formas mais comuns de câncer, e pode ser dividido em dois tipos principais: o não melanoma e o melanoma. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente e menos agressivo dos dois. Ele costuma aparecer como uma lesão parecida com uma ferida, espinha ou verruga, especialmente nas áreas do corpo expostas ao sol, e é mais comum em pessoas idosas. Embora o câncer de pele não melanoma afete tanto homens quanto mulheres, as mulheres são mais afetadas por essa condição. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, cerca de 118.570 mulheres são diagnosticadas anualmente, em comparação com 101.920 casos entre os homens.

O melanoma, por outro lado, é mais raro, mas também mais agressivo e pode ter consequências mais sérias se não for detectado e tratado precocemente. Ambos os tipos de câncer de pele, no entanto, têm altas taxas de cura quando diagnosticados precocemente. O especialista enfatiza a importância do diagnóstico precoce, do acompanhamento dermatológico regular e das medidas de prevenção.

A radiação ultravioleta (UV) do sol é o principal fator de risco para o câncer de pele. Com o tempo, a exposição ao sol danifica o DNA das células da pele, o que aumenta o risco de desenvolvimento da doença, principalmente em pessoas com mais de 60 anos, que acumularam danos ao longo da vida. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta para o aumento dos riscos de câncer de pele, queimaduras e envelhecimento precoce associados ao uso de equipamentos de bronzeamento artificial, que são proibidos no Brasil.

Além da exposição ao sol, fatores como a exposição a substâncias químicas e a imunossupressão (causada por doenças ou medicamentos) também estão relacionados ao aumento do risco de câncer de pele. Uma das razões para a maior incidência de câncer de pele não melanoma em mulheres pode ser o fato de que elas tendem a ir mais frequentemente ao médico, o que permite um diagnóstico mais precoce.

Medidas de prevenção

Para reduzir o risco de câncer de pele, é fundamental adotar medidas de prevenção, especialmente a proteção contra a radiação UV. O uso regular de protetores solares, roupas de proteção, bonés, chapéus e viseiras são essenciais para prevenir os danos causados pelo sol. Além disso, é importante evitar a exposição ao sol entre as 9h e 15h, quando a radiação é mais intensa. O protetor solar deve ser reaplicado a cada 2-3 horas, especialmente após nadar ou suar muito, e mesmo em dias nublados, pois a radiação UV pode atravessar as nuvens.

É importante ressaltar que, apesar dos riscos, tanto o câncer de pele não melanoma quanto o melanoma são tratáveis e curáveis, principalmente quando detectados em estágios iniciais. Portanto, o acompanhamento dermatológico regular, aliado a atitudes preventivas, são as melhores formas de garantir a saúde da pele e prevenir o câncer de pele.