Campo Grande (MS), Sexta-feira, 30 de Maio de 2025

Mulher é presa após perseguição obsessiva e invasão de consultório em MG

Kawara Welch foi detida após cinco anos de perseguição intensa, incluindo ligações incessantes e invasões ao local de trabalho da vítima.

20/05/2024

09:50

 

Kawara Welch, que se apresenta nas redes sociais como artista plástica, começou a perseguir um médico de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, desde 2019. A obsessão, alimentada pela expectativa de um relacionamento amoroso, resultou em uma série de comportamentos perturbadores e ameaçadores.

Perseguição e Assédio Intenso

Kawara obteve acesso ao número de celular do médico e passou a enviar mensagens e fotos perturbadoras, incluindo imagens dela com lençóis e cordas amarradas no pescoço, como se estivesse se despedindo dele. O médico relatou que ficou em pânico com essa situação.

Escala da Perseguição

A perseguição se intensificou drasticamente, com Kawara enviando até 1.300 mensagens e fazendo mais de 500 ligações em um único dia. Apesar de o médico trocar de número de telefone várias vezes, Kawara sempre conseguia descobrir o novo contato. Ela também assediava a esposa e o filho do médico com ligações insistentes e criava montagens nas redes sociais para dar a impressão de que os dois tinham um caso.

"O nível de perseguição foi tão extremo que Kawara chegou a me passar 1.300 mensagens em um dia e fazer mais de 500 ligações. Troquei meu número várias vezes, mas ela sempre conseguia descobrir o novo. Parei de trocar porque vi que era inútil", afirmou o médico ao programa de TV.

Invasão e Agressão

A perseguição de Kawara não se limitou ao virtual. Ela começou a seguir o médico pelas ruas e até invadiu o consultório onde ele trabalhava. Em 2022, Kawara invadiu o consultório durante o atendimento a uma paciente e agrediu a esposa do médico. No ano seguinte, ela retornou ao consultório, proferindo xingamentos e acusando-o de roubo.

Consequências Legais

Kawara foi presa em flagrante pela polícia, mas foi liberada após pagar uma fiança de R$ 3,5 mil. Em março de 2023, devido à violação das medidas cautelares, foi emitida uma ordem de prisão preventiva contra ela. Kawara ficou foragida por mais de um ano até ser presa em Uberlândia, onde estudava nutrição.

Defesa e Saúde Mental

O advogado de Kawara alega que houve um envolvimento amoroso entre ela e o médico, algo que o médico nega categoricamente. "Nós acreditamos que não houve esse relacionamento. E, mesmo se houvesse, não justifica de forma alguma esse tipo de ação, esse tipo de conduta da Kawara", afirmou o delegado Rafael Faria. Segundo o psiquiatra Daniel Barros, a prática de stalking pode ou não estar associada a transtornos psíquicos, mas o processo não inclui laudos sobre as condições mentais de Kawara. Tanto o médico quanto sua esposa estão em tratamento para controlar o pânico há um ano.

 

 

 

 

 


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