A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Ribas do Rio Pardo informa – a toda a população feminina da cidade – que está oferendo a aplicação do Dispositivo Intrauterino (DIU). As mulheres interessadas em não engravidar sem ter que gastar dinheiro comprando remédios anticoncepcionais devem procurar a Estratégia de Saúde Família (ESF) mais próxima de sua residência e marcar uma consulta gratuita para conhecer o método.

O trabalho está sendo realizado pela Doutora Deise Gardin, médica ginecologista e atuante há 20 anos na área de Saúde Pública em Ribas do Rio Pardo. Deise Gardin explicou que o DIU é um método contraceptivo não hormonal e não tem química, nem provoca doença. O DIU impede que o espermatozoide alcance o óvulo e, desta forma, as possiblidades de engravidar são mínimas: de 0,2% a 0,7% de chances.

Para a Doutora Deise Gardin, a Sesau iniciou um importante trabalho de desmistificar o DIU, que, caso a mulher resolva engravidar, basta retirá-lo e no dia seguinte voltar a ter as mesmas possibilidades de ter um filho antes de usar o contraceptivo. Nos anticoncepcionais tradicionais, a mulher pode passar meses sem conseguir engravidar, mesmo parando de tomar os remédios. Além disso, os remédios anticoncepcionais têm química e podem provocar transformações no corpo da mulher, com alterações hormonais.

O dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto de plástico em formato de T inserido no útero para atuar como contraceptivo. As mulheres interessadas em conhecer o funcionamento do DIU só precisam buscar informações com as enfermeiras nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs). Lá, elas farão um ultrassom e um exame preventivo – tudo sem custos, de maneira gratuita. Em seguida, elas serão encaminhadas a uma consulta – também gratuita – com a Doutora Deise Gardin.

A médica ginecologista explicou, ainda, que o DIU não atrapalha o prazer de nenhum dos dois, nem mesmo durante as relações mais intensas. De toda forma, é importante saber que o DIU contém um pequeno fio que ficará para fora do colo do útero, no fundo da vagina. Mas esse fio também não causa desconforto durante as relações. De modo geral, não existem restrições quanto à relação sexual após a colocação do dispositivo intrauterino, mas é aconselhável aguardar até 24 horas após a inserção do DIU.

A Sesau, por meio da Doutora Deise Gardin, fará todo o acompanhamento médico com as mulheres que quiserem utilizar-se do DIU. Uma visita ao ginecologista e uma ultrassonografia devem ser realizadas entre 4 a 12 semanas após a inserção do DIU. Visitas a cada 6 meses ao ginecologista devem ser feitas para avaliar o DIU. A única desvantagem do DIU é que ele pode aumentar o fluxo menstrual nos primeiros meses, por causa da adaptação do corpo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o DIU um dos contraceptivos reversíveis – aqueles que não afetam a fertilidade – como um dos métodos mais seguros e eficazes da atualidade. O DIU só é contraindicado para mulheres com Doença Inflamatória Pélvica, Infecções sexualmente transmissíveis, miomas que distorçam a cavidade uterina, sangramento vaginal sem diagnóstico, malformações uterinas e estreitamento do canal do colo uterino, câncer do colo de útero e do endométrio.