Com 47% de projeto executado, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal deverá ser entregue no fim deste ano. A informação é do governador André Puccinelli que visitou o canteiro de obras nesta quinta-feira (3).
De acordo com o governador o cronograma de execução está em dia e por ser uma obra emblemática e complexa exige vistorias e algumas readequações. “Inicialmente a visita era a cada três meses, depois mensal e agora será a cada 15 dias. Na parte de término da obra temos que fazer inclusive reunião semanal”, disse. Na próxima semana Puccinelli deverá se reunir com engenheiros e o responsável pelo projeto arquitetônico, o renomado arquiteto Ruy Ohtake.
A entrega da obra está prevista para o fim do ano, mas o funcionamento como explica Puccinelli será após seis meses. “Temos que fazer a coleta e a quarentena de peixes em outros tanques para não trazer doenças. Os representantes da Embrapa e das universidades junto com a Semac [Secretaria de Estado de Meio Ambiente] vão cuidar da operacionalização. Creio que o aquário possa estar em funcionamento no final de junho de 2014”, informou.
Conforme André Puccinelli, a intenção inicial é estabelecer uma concessão para a iniciativa privada em parceria com universidades em que se tenha um período de visitação das escolas públicas de todos os municípios. “Em outro período teremos a visitação das escolas municipais e estaduais de Campo Grande e em outros dias para exploração do aquário em parceria o Estado”, comentou.
A vistoria ao canteiro de obras, na porta de entrada do aquário foi acompanhada da equipe de engenheiros da empresa responsável. Atanásio Argeropulos, engenheiro e gerente de contratos da empresa mostrou ao governador e à imprensa o local onde está sendo construído o auditório com capacidade para 250 pessoas. Ele apontou onde ficará a parte seca com o museu, o bioma do Pantanal com lagoas para jacarés e lontras, as duas escadas rolantes que darão acesso aos aquários e ainda um mirante.
De acordo com Atanásio Argeropulos, a obra é divida em etapas, sendo a estrutural com previsão de término no mês de julho deste ano. “Toda a parte de fundação está pronta e após a etapa estrutural partimos para a de equipamentos hidráulicos e elétricos. Teremos um poço com capacidade para 18 mil litros de água por hora e geradores, mas a principal fonte será da concessionária”, acrescentou.
Durante a visita, o governador foi informado que não serão utilizados vidros para o aquário, mas acrílicos importados dos Estados Unidos. O material de acordo com o engenheiro responsável pela empresa é para não refletir o flash de máquinas fotográficas. Está em estudo como uma possível readequação da obra, a construção de um tanque para mergulho. Já para a parte de pesquisa foram acrescentados mais laboratórios totalizando seis e contribuindo desta forma para o turismo científico.
Aquário do Pantanal
O Aquário do Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, que está sendo construído no Parque das Nações Indígenas, com entrada pela avenida Afonso Pena, pretende abrigar 263 espécies de peixes, entre as pantaneiras de escama e couro. Com uma área de 18,6 mil metros quadrados o Aquário do Pantanal terá 24 tanques de aquários, somando um volume de água de aproximadamente 6,6 milhões de litros. A área construída será de 10 mil m2, abrangendo aquários, laboratório, biblioteca e um espelho d’água na parte externa onde ficarão jacarés e plantas típicas da flora pantaneira.
Serão aproximadamente sete mil animais em exposição, subdivididos em mais de 200 espécies (peixes, invertebrados, répteis e mamíferos). Serão expostas, por exemplo, as baías, por meio de tanques rasos, que incluirão várias espécies típicas de filhotes de peixes e cenografia que reproduz o ambiente das grandes lagoas pantaneiras, retratando seu papel de berçário da vida aquática.
O local será uma das instituições culturais mais visitadas do Brasil e será economicamente sustentável, transformando-se no principal centro impulsionador do turismo sul-mato-grossense. O Aquário deverá aumentar significativamente o fluxo de turistas, beneficiando também o setor hoteleiro, transportes aéreos e afins. O espaço servirá, ainda, como maior centro do País de difusão do conhecimento sobre a biodiversidade pantaneira.
Notícias MS