Com 26 votos favoráveis e apenas um contra, o vereador Mario Cesar (PMDB) está reeleito presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, o que levará os peemedebistas a dominar o cargo por um período de 28 anos consecutivos. A votação foi feita em sessão extraordinária, já no início da tarde desta quinta-feira (3).
O único voto contrário à reeleição foi de Luiza Ribeiro (PPS), que por algumas ocasiões disse considerar o processo antidemocrático. Ela também foi uma das únicas a não fazer declaração de voto, ou seja, votar e, em seguida, discursar sobre a matéria em votação.
No geral, o tom dos discursos dos demais vereadores foi regado a elogios ao presidente. Na visão dos parlamentares, Mario Cesar permitiu a harmonização da Câmara e deu espaço aos novatos.
Um dos novatos, no entanto, Otávio Trad (PTdoB) justificou a ausência e não participou da votação. O outro ausente foi Cazuza (PP), quem mais cedo estava na Câmara e disse que iria “avaliar” o voto, mas, não compareceu à sessão extra.
A reeleição de Mario Cesar foi antecipada por força das eleições majoritárias deste ano. Tradicionalmente, a escolha da mesa diretora da Câmara é feita ao fim de cada biênio de gestão, ou até o dia 22 de dezembro, conforme manda as regras internas.
Os vereadores tiveram de alterar o regimento interno da Câmara e autorizar, novamente, a reeleição da presidência. Mario Cesar diz que os próprios parlamentares pediram sua recondução ao cargo.
Até o vereador Zeca do PT declarou voto em favor de Mario Cesar. Disse, na ocasião, sentir-se “orgulhoso, apesar de nossas diferenças partidárias e políticas”.
Quando foi eleito pela primeira vez, no fim de 2012, Mario Cesar foi assistido de perto pelo governador, André Puccinelli. O PMDB vinha combalido de uma derrota nas urnas para a Prefeitura de Campo Grande e precisava manter a força no Legislativo, o qual continuará comandando pelos próximos dois anos, totalizando 28 anos no cargo mais importante da casa.
Mario Cesar, em discurso após a reeleição, lembrou de episódios ocorridos durante sua primeira gestão, como a cassação do prefeito Alcides Bernal. “Quem continua governando Campo Grande é o PP, que foi eleito pelo povo”, ponderou o presidente ao citar o partido do cassado e do atual chefe do Executivo da Capital, Gilmar Olarte.
Citou, também, o processo envolvendo a posse da sede da Câmara Municipal. O município desapropriou a área, dando fim a um embate sobre o caso, mas há alugueis em atraso sendo questionados na Justiça.
Por fim, o vereador peemedebista disse que vai “continuar respeitando a independência dos poderes” e promovendo a “harmonia entre os vereadores e entre a Câmara e o Executivo”.
Fonte: midiamax
Por:Waldemar Gonçalves e Paulo Fernandes
Foto:Minamar Junior
