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Advogado da acusa��o Maur�cio Rasslan discorda de transfer�ncia (Foto: Eliel Oliveira) |
O Tribunal Pleno, �rg�o m�ximo da estrutura��o hier�rquica, julgar� na pr�xima quarta-feira (13) a transfer�ncia do processo em que cinco �ndios s�o acusados de assassinar dois policiais civis e deixar outro ferido, em Dourados, em 2006. Com apoio do MPF (Minist�rio P�blico Federal), a defesa dos ind�genas pediu que o processo seja julgado em S�o Paulo e n�o em Mato Grosso do Sul.
A defesa dos r�us e o MPF argumentam que a popula��o sul-mato-grossense est� impregnada de preconceito por causa das disputas entre fazendeiros e �ndios e por isso o julgamento n�o poderia ser realizado em MS. A afirma��o � do procurador da Rep�blica, Manoel de Souza Mendes J�nior, que faz a acusa��o dos �ndios junto com Maur�cio Rasslan, assistente da acusa��o.
Rasslan discorda. �Essa n�o � uma quest�o ind�gena, � o julgamento de bandidos. Ele colocou todos do Estado de MS como preconceituosos com rela��o a �ndios, eu, minha m�e, voc�, meus filhos. Ele generalizou�, argumenta o advogado que estar� no julgamento da transfer�ncia.
O processo que pode ser levado para S�o Paulo tem como r�us os �ndios Carlito de Oliveira, 73 anos, apontado como l�der do grupo, seu filho Lindomar Brites de Oliveira, Ezequiel Valensuela, Jair Aquino Fernandes e Paulino Lopes. Os demais acusados pelo duplo homic�dio � Valmir J�nior Savala, Sandra Ar�valo Savala, M�rcio da Silva Lins e Herm�nio Romero � s�o r�us em outro processo, que foi desmembrado e est� em fase mais atrasada porque os acusados estavam em liberdade.
Os �ndios s�o acusados de matar a tiros, facadas e pauladas os policiais civis Ronilson Magalh�es Bartie, 36 anos, e Rodrigo Lorenzatto, 26. Emerson Jos� Gadani, na �poca com 33 anos, foi ferido a golpes de faca, mas sobreviveu. Ele acompanhou a entrevista do advogado, hoje de manh�. Gadani est� aposentado da profiss�o. Os r�us alegam leg�tima defesa.
Conforme a investiga��o da �poca, os policiais teriam ido ao acampamento Passo Piraju, pr�ximo ao Porto Cambira, �s margens da MS-156, � procura do suspeito de matar um pastor evang�lico, no dia anterior, na periferia de Dourados. Quando entraram no acampamento, onde um grupo de �ndios permanece at� hoje, os policiais teriam sido cercados e atacados a pauladas e golpes de faca. Os tiros teriam sido disparados com as armas dos pr�prios policiais.
Fonte: campograndenews
Por: Caroline Maldonado
Link original: http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/tribunal-pleno-julgara-na-quarta-feira-transferencia-de-juri-de-indios-para-sp