Campo Grande (MS), Terça-feira, 01 de Abril de 2025

Pistoleiro contratado para matar prefeito recebeu só 25% porque não conclui serviço

20/06/2018

15:47

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Ele receberia R$ 20 mil, mas ficou apenas com R$ 5 mil, pagos antes do crime, que aconteceu na quinta-feira

Dirceu Bettoni foi alvo de atentado quando chegava em sua casa. (Foto: Prefeitura de Paranhos/Divulga��o)
Gabriel Queiroz, de 26 anos, contratado para matar o prefeito de Paranhos, Dirceu Bettoni (PSDB), afirmou � pol�cia que n�o recebeu o valor combinado por n�o ter conseguido �concluir o servi�o�. Ele receberia R$ 20 mil, mas ficou apenas com R$ 5 mil, pagos antes do crime por um intermedi�rio do mandante da execu��o.

O crime aconteceu na noite de quinta-feira (14) e Gabriel acabou preso por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repress�o a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) no s�bado (17), enquanto tentava fugir para Campo Grande com a mulher, Djuly Priscilla Couto, de 28 anos.

Em depoimento, disse que trabalhava como auxiliar de enfermagem em Campo Grande, mas h� dois anos se envolveu com o contrabando de cigarro e chegou a �puxar� a mercadoria do Paraguai para o Brasil.

Segundo ele, foi nessa �poca que conheceu o contratante do crime, identificado como Cl�udio, um vendedor de cigarros paraguaio na regi�o de Salto del Guair�. A proposta para matar o prefeito veio no come�o do m�s, por WhatsApp, garante. Por mensagem, o suspeito ofereceu o �servi�o� a Gabriel que aceitou, com a promessa de receber R$ 20 mil.

No dia 10 de junho, ele viajou para a fronteira com a esposa. Em Sete Quedas encontrou Jomar Lemes, funcion�rio do mandante do crime. Em uma Fiat Strada vermelha, o suspeito levou Gabriel at� a casa do prefeito e pelo celular, mostrou a foto de Bettoni, segundo o autor, sem falar o nome do alvo. Com o �neg�cio fechado�, o pistoleiro recebeu R$ 5 mil antecipado.

O dinheiro foi depositado por Cl�udio e usado por Gabriel na compra da moto usada no crime. Ele alegou ter pago R$ 1,5 mil no ve�culo, mas contou que a moto acabou apresentando problemas mec�nicos e por isso precisou voltar na oficina para trocou a motocicleta.

Na noite do dia 14 de junho, o pistoleiro foi at� Paranhos e viu o momento em que o prefeito chegou em casa com a caminhonete Hilux. Ele ent�o virou a esquina, estacionou a moto e voltou a p�. Em depoimento, ele afirmou que se aproximou, abriu a porta do ve�culo e se deparou com a v�tima ainda na caminhonete.

Assustado, o prefeito teria chutado o autor, que disparou v�rias vezes. Gabriel lembrou que estava com dois rev�lveres, um calibre 38 e um 32. Sacou primeiro o rev�lver calibre 32, descarregou a arma, guardou no casaco e pegou a 38, fez novos disparos e fugiu. Bettoni foi atingido por quatro tiros e foi socorrido ao Hospital do Cora��o de Dourados.

Depois do crime, o autor abandonou a moto e esperou a mulher em um bar. Gabriel contou que ap�s fugir de Paranhos foi at� a casa de Cl�udio, em Salto del Guair�. L�, o cigarreiro ligou para o mandante do crime e foi informado que n�o deposit�ria os R$ 15 mil, j� que o pistoleiro �n�o havia conseguido matar o prefeito�.

Sem receber o dinheiro, o casal tentou voltar para Campo Grande e acabou abordado na BR-163, pr�ximo a Rio Brilhante. Com a pris�o preventiva j� decretada, Gabriel foi enviado a Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o pres�dio de seguran�a m�xima de Campo Grande e Djluy para o Estabelecimento Penal Feminino �Irm� Irma Zorzi�, ambos na Capital.
Gabriel foi preso em flagrante no s�bado (Foto: Divulga��o)
O mandante - Conforme apurado pelo site Campo Grande News, o mandante do crime seria um brasileiro, morador do Paraguai, conhecido como �Treme Terra�.

A motiva��o para a tentativa de execu��o n�o foi confirmada pela pol�cia, mas informa��es apontam que a causa foi um desacordo na venda de uma fazenda em territ�rio Paraguai. Dirceu Bettoni teria vendido a propriedade ao suspeito, que n�o pagou o valor combinado no neg�cio.

Para tentar reaver as terras, o prefeito de Paranhos entrou com uma a��o na justi�a paraguaia. A liga��o entre �Treme Terra� e o crime, teria sido confirmado por Jomar Lemes, que acabou assassinado a tiros na tarde de domingo (17), logo ap�s prestar depoimento e deixar a Delegacia de Pol�cia Civil da cidade.

No meio do ano passado, o suspeito foi apontado pela pol�cia Paraguaia como o propriet�rio de uma fazenda de planta��o de maconha, na cidade de Itanar�. No local foram encontrados 15 hectares da planta, j� pronta para colheita. O caso � investigado em segredo de justi�a.

Fonte: campograndenews
Por: Geisy Garnes

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