POLÍTICA
Pedido de impeachment de Lula é protocolado na Câmara após crise com os EUA
Deputado Nikolas Ferreira acusa presidente de causar instabilidade diplomática e prejuízos econômicos, seguindo anúncio de tarifa de 50% por Trump contra produtos brasileiros
17/07/2025
08:25
REDAÇÃO
Lula sofre pedido de impeachment na Câmara dos Deputados motivado pela crise diplomática com os EUA. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em 15 de julho de 2025, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) entregou à Câmara dos Deputados um pedido formal de impeachment contra o presidente Lula, assinado por 72 parlamentares.
A acusação aponta crimes de responsabilidade conforme a Lei 1.079/1950:
Art. 5º, inc. VI – celebração de tratados que comprometam a dignidade nacional;
Art. 9º, inc. VII – improbidade administrativa que ofenda a honra do cargo .
Principais acusações
A proximidade com regimes autoritários, como Irã, incluindo autorização para navios de guerra atracarem no Brasil.
Recusa em classificar o PCC como organização terrorista, contrariando os EUA.
Promoção da desdolarização via BRICS, interpretada como afronta à hegemonia americana.
Declarações desfavoráveis ao ex-presidente Donald Trump .
Agora, o presidente da Câmara, Hugo Motta, analisará se o pedido cumpre formalidades.
Em caso de aceitação, será aberta uma comissão especial, com prazo de até 10 sessões para Lula apresentar sua defesa.
Se o parecer for favorável, o plenário da Câmara votará o prosseguimento — exige-se maioria qualificada de 2/3 dos deputados (342 votos).
Se aprovado, segue para julgamento no Senado .
A crise se intensificou após Trump anunciar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, em retaliação à condução da política externa brasileira, em especial o julgamento de Bolsonaro e posicionamento frente ao Irã .
Lula respondeu criticando a medida e anunciou possível retaliação recíproca, caso os EUA prossigam com o tarifão .
O impeachment representaria um choque político com alcance institucional, temendo-se impacto nas relações com os EUA e nos mercados, especialmente exportadores. Resta observar se o presidente da Câmara aceitará o pedido e se o processo, a partir disso, ganhará força política ou encalhará no plenário.
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